O lançamento da coleção da grife mineira Skazi no maior estádio de Minas Gerais terá ações em prol da luta contra o câncer mama
No mês referência da conscientização e prevenção do câncer de mama, parceiros do Instituto Mário Penna na prevenção ao câncer, a grife Skazi e o Mineirão, se juntaram em uma campanha para arrecadar fundos para o Instituto. A marca lançará sua coleção Inverno 2019 no dia 29 de outubro, em uma passarela de 60 metros instalada nas dependências do Mineirão.
Desenhada pelo estilista Eduardo Amarante, a coleção foi inspirada na jogadora de futebol inglesa Lily Parr, ícone do futebol feminino do início século passado e artilheira com mais de 900 gols na carreira. Parr faleceu na década de 1970 em decorrência de um câncer de mama.
O desfile terá a participação especial de mulheres que já tiveram ou fazem tratamento contra a doença: duas delas são pacientes da Instituição e a terceira é uma funcionária do Mineirão que superou a doença.
Como parte da parceria, a Skazi criou dois modelos de camisa (branco e preto), que utilizam a figura da leoa, simbolizando a força e a coragem das mulheres. Toda a renda da comercialização das peças será revertida para o Instituto Mário Penna.
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As modelos do Instituto Mário Penna
Longe da idade de maior risco de incidência do câncer de mama, a consultora de beleza Daiane Rodrigues descobriu um nódulo nos seios aos 28 anos. Logo a jovem procurou saber do que se tratava. “Quando descobri que era um câncer, eu tive duas alternativas: ficar triste ou confiar em Deus e vencer”, relembrou. A jovem escolheu enfrentar a adversidade e, segundo ela, não esmorecer. A motivação foi tanta que Daiane utilizava seus conhecimentos estéticos para melhorar a autoestima de outras pacientes com câncer, maquiando-as.
A última sessão quimioterápica de Daiane foi festejada com uma comemoração no hospital, já que era o dia do seu aniversário. Em janeiro desse ano, ela finalizou a radioterapia. Livre da doença, a jovem quer utilizar seu exemplo e a oportunidade de desfilar como estímulo à outras pessoas que sofrem da doença. “Hoje, depois de tudo, vi que vale a pena inspirar outras mulheres, mesmo que o desafio seja doloroso”, afirmou.
Diferente de Daiane, a aposentada Maria Regina de Oliveira demorou a buscar atendimento médico. Apesar de ter trabalhado por 30 anos na área da saúde, a paciente tinha medo de procurar o exame e ser diagnosticada com câncer. Por mais de um ano, ela tentou esconder um carocinho que tinha na mama.
Com o passar do tempo, o carocinho se transformou em uma ferida. A família logo se mobilizou para que a matriarca procurasse ajuda médica. Em maio desse ano, Maria Regina foi diagnosticada com um câncer de mama. Às vésperas do desfile, a aposentada está apreensiva para pisar na passarela. Entretanto, esse não é o mesmo sentimento quando se refere à doença. “Estou em fase de quimioterapia e muito confiante com o meu tratamento. O médico até me disse que o tumor já regrediu”, declarou.
O Instituto em números
O Instituto Mário Penna é uma das principais instituições filantrópicas de saúde de Minas Gerais e é composto pelos Hospitais Mário Penna e Luxemburgo, a Casa de Apoio Beatriz Ferraz e o Núcleo de Ensino e Pesquisa. O Instituto tem mais de 60% dos seus pacientes provenientes do SUS e responde por cerca de 70% dos atendimentos dos novos casos de câncer da Região Metropolitana de Belo Horizonte e mais de 20% do total de atendimentos de novos casos de câncer em todo o estado de Minas Gerais.
A instituição atende pacientes provenientes de cerca de 760 municípios mineiros. Em 2017, realizou 240 mil sessões de radioterapia, 33 mil de quimioterapia, 100 mil consultas, 1,2 milhões de procedimentos e 60 transplantes de medula óssea. Atualmente, empresas, instituições e cerca de 200 mil doadores ajudam o Instituto Mário Penna.