O Instituto Mário Penna, referência em oncologia no estado de Minas Gerais, reafirmou em 2024 seu protagonismo no cenário científico. Por meio do Núcleo de Ensino, Pesquisa e Inovação (NEPI), o Instituto mostrou que ciência e esperança caminham lado a lado. Cada descoberta, cada publicação, cada novo passo reforça a missão de transformar vidas.
Entre os destaques do ano, o laboratório celebrou a publicação de 8 artigos em periódicos científicos internacionais de alto impacto. Essas publicações não só ampliam o conhecimento científico na área de oncologia como conectam ciência e cuidado ao paciente, mostrando como a pesquisa pode transformar vidas.
Destaques da pesquisa internacional:
“Decoding the Cancer Code” trouxe novas perspectivas sobre os mecanismos genéticos que impulsionam o câncer, ajudando a entender como doenças oncológicas se desenvolvem.
O estudo publicado na revista Einstein (São Paulo) revelou diferenças populacionais notáveis no comportamento do gene p53 em uma coorte brasileira de câncer gástrico, o que pode ajudar a personalizar os tratamentos para nossa população.
Na revista Biochemical and Biophysical Research Communications, os pesquisadores também investigaram como a quimioterapia tradicional afeta células-tronco do câncer de mama triplo-negativo, fornecendo insights valiosos para combater formas resistentes da doença. Este estudo, publicado nos Anais da Academia Brasileira de Ciências, traz uma contribuição fundamental ao validar uma assinatura genética para o câncer de colo do útero utilizando amostras minimamente invasivas.
Essa abordagem é um marco importante, pois oferece uma forma mais acessível e menos agressiva para identificar perfis genéticos associados ao câncer.
Essas descobertas não apenas posicionam o Instituto Mário Penna como referência científica, mas também representam novas oportunidades para salvar vidas, criando um futuro em que cada paciente possa receber um tratamento personalizado, eficiente e humano.
Outros marcos de 2024
Além das publicações, 2024 foi um ano marcado por diversas iniciativas importantes:
Menções honrosas no 9º Simpósio de Integração dos Programas de pós-graduação em biologia celular da UFMG, UFU, UFV e UFSJ: Rafaela Lopes e Thalia Zózimo, ex-alunas de pós-graduação ligadas ao Instituto, receberam reconhecimento estadual por seus trabalhos na área de biologia celular e genética, demonstrando a excelência da formação científica no Instituto.
3º Simpósio Mário Penna: A terceira edição do evento apresentou pesquisas de iniciação científica e pós-graduação, premiando os melhores trabalhos e promovendo a troca de conhecimentos.
Reconhecimento e colaborações: além das fronteiras
A aliança com o Lee Moffitt Cancer Center, hospital oncológico em Tampa, nos Estados Unidos, promete revolucionar o tratamento da leucemia mieloide aguda. Pela primeira vez, poderemos testar quimioterápicos para oferecer aos pacientes um tratamento verdadeiramente personalizado e mais eficaz.
O poder do biobanco em construir o futuro do tratamento oncológico
Um dos grandes pilares para essas conquistas científicas é o biobanco de tumores, uma coleção organizada de amostras que permite aos cientistas estudar profundamente as características do câncer. Em 2024, tivemos um marco impressionante: o número de amostras coletadas quase dobrou, passando de 136 para 223 e somando com amostras coletadas em anos anteriores chegamos ao marco de 5314 amostras armazenadas.
O biobanco é como uma biblioteca viva de informações sobre o câncer. Cada amostra coletada representa uma oportunidade de avançar no diagnóstico e no tratamento, não apenas para o paciente que cedeu a amostra, mas para milhares de outros.
Apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa em Minas Gerais (Fapemig): Quatro projetos receberam apoio financeiro da Fapemig, incluindo a Rede Mineira de Pesquisa Translacional em Oncologia, que conecta 16 instituições e mais de 125 pesquisadores em busca de respostas para os desafios do câncer. Coordenar uma iniciativa dessa magnitude reafirma o protagonismo do Instituto no cenário científico e seu impacto para toda a sociedade mineira.
O que esperar do NEPI Mário Penna para 2025
O ano de 2025 promete ser ainda mais transformador. Esperamos ainda mais avanços, incluindo novas publicações científicas, novas parcerias e a ampliação do biobanco de tumores. Por meio dessas conquistas, o Instituto Mário Penna continua a mostrar que ciência e cuidado caminham lado a lado, promovendo saúde e esperança para pacientes em Minas Gerais. A Pesquisa Translacional é a ponte que transforma descobertas laboratoriais em tratamentos mais eficazes, reafirmando que investir em ciência é investir em vidas.
Texto produzido por Dra Letícia Braga, pesquisadora chefe do Laboratório de Pesquisa Translacional em Oncologia do NEPI.