A patologia digital surge como uma verdadeira revolução na área da oncologia. Esse avanço não apenas tem o potencial de mudar a maneira como o câncer é diagnosticado, mas também pode ter um impacto positivo na forma de se praticar medicina. É graças à inteligência artificial que é possível presenciar uma mudança fundamental na maneira como os médicos lidam com o diagnóstico de várias doenças.
Além disso, a inteligência artificial já se tornou uma realidade em centros de pesquisa e tecnologia em todo o mundo. No Instituto Mário Penna – Ensino, Pesquisa e Inovação, os pesquisadores da unidade de Pesquisa Translacional estão conduzindo diversos estudos usando a inteligência artificial, incluindo o aprendizado de máquina – Machine Learning – para identificar novos biomarcadores que podem prever o desfecho clínico dos pacientes ou a resposta ao tratamento.
No campo da patologia digital, o pesquisador Ramon Alencar, responsável pela plataforma de patologia experimental da Unidade, está desenvolvendo algoritmos de inteligência artificial para automatizar o exame histopatológico do câncer, com foco no glioblastoma como modelo de estudo. “Essa abordagem inovadora promete acelerar o processo de diagnóstico, nos fornecendo respostas mais rápidas e, consequentemente, a possibilidade de intervenções mais eficazes.” afirmou Ramon.
O diagnóstico histopatológico do câncer é um processo complexo que muitas vezes requer exames adicionais, como a imuno-histoquímica, para identificar com precisão o tipo e a gravidade da doença. Esses exames extras podem levar um tempo considerável, resultando em atrasos no diagnóstico e no início do tratamento adequado. A automatização desse processo por meio da inteligência artificial se apresenta como uma ferramenta valiosa para auxiliar os médicos, tornando a análise de amostras mais ágil e permitindo decisões mais rápidas e fundamentadas. Isso é uma mudança revolucionária que pode beneficiar não só os pacientes, mas também o sistema de saúde como um todo.
A patologia digital representa uma verdadeira revolução na oncologia, bem como a integração da inteligência artificial nesse campo, o que acelera esse progresso de forma notável. O futuro da medicina promete ser mais eficaz, preciso e acessível, graças a essas inovações que estão moldando o presente e apontando para um futuro promissor a todos aqueles envolvidos na jornada de combate ao câncer.
Texto escrito por Ramon Alencar | PhD em Patologia e Pesquisador do Instituto Mário Penna Ensino, Pesquisa e Inovação