Como parte da campanha Dezembro Laranja, o Instituto Mário Penna, em parceria com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), realizou um mutirão de atendimentos gratuitos no dia 2 de dezembro. O Núcleo de Especialidades Oncológicas (NEO), uma das unidades da instituição, recebeu mais de 20 dermatologistas voluntários, liderados pela Presidente da SBD-MG e especialista do Mário Penna, Dra. Gisele Viana de Oliveira, e o vice-presidente Dr. Abrahão Osta Vieira, para orientação, diagnóstico e tratamento do câncer de pele.
“O Dezembro Laranja é uma campanha realizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia em âmbito nacional desde 2014. Essa ação abraçada pelo Instituto Mário Penna é de extrema importância para o diagnóstico precoce. Através do acompanhamento de pacientes e estudos pela literatura médica, percebemos que ele é fundamental para aumentar as chances de cura do câncer de pele”, disse Dra. Gisele Viana.
A regra ABCDE, adotada internacionalmente, ajuda a identificar sinais que indicam um tumor de pele do tipo melanoma. Por ela, deve-se avaliar pintas e manchas na pele observando a Assimetria, Bordas irregulares, Cor variável, Dimensão e Evolução. Lesões ou pintas que não tenham forma simétrica, apresentam contornos mal definidos, várias cores, tamanho maior que 6 milímetros e que tenham mudanças de forma, cor ou tamanho devem ser investigadas por um médico. Já para o câncer de pele não melanoma é preciso estar atento a manchas na pele que coçam, ardem, descamam ou sangram, além de feridas que não cicatrizam em até quatro semanas. As lesões em geral ocorrem em partes do corpo mais expostas ao sol.
Dra. Gisele ainda explica que a análise dos mínimos detalhes é essencial e deve ser feita pelo médico especialista. “Dentro do câncer de pele, nós temos uma vantagem. Ele é nítido. Basta a gente examinar o paciente com o exame dermatológico completo que a gente faz o diagnóstico. O dermatologista é preparado para analisar aquelas casquinhas, aquela pinta que mudou de cor ou tamanho e a lesão que não cicatriza. Não podemos negligenciar nenhum sinal”.
De todos os diagnósticos de câncer no Brasil, um terço corresponde ao de câncer de pele. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) registra, a cada ano, cerca de 185 mil novos casos da doença. O tipo não melanoma é o mais frequente. Apesar de oferecer menor risco de morte, atinge números altos de incidência, sendo responsável por 177 mil novos casos anualmente.
A melhor estratégia para se prevenir é se proteger do sol e usar o protetor solar regularmente. A exposição à radiação ultravioleta (UV) tem efeito cumulativo, por penetrar profundamente na pele e ser capaz de provocar alterações, como o bronzeamento e surgimento de pintas, sardas, rugas e manchas.