No Dia Nacional da Doação de Órgãos, o Instituto Mário Penna abraça a campanha e amplia informações de conscientização para a população. Segundo o Ministério da Saúde, mesmo com o aumento de 17% do número de doadores de 2022 para 2023, ainda existem mais de 43 mil pessoas à espera de um transplante no Brasil. Diante desse cenário, a instituição, por meio da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), divulga e reforça informações que provem a integridade do processo, tanto para o doador, quanto para o receptor, e atua na logística segura da doação.
Os transplantes de órgãos podem ocorrer de duas maneiras: entre doadores vivos e após a morte do doador. Para que a doação entre vivos seja realizada, o doador deve ser maior de idade e ter a capacidade jurídica. Nesses casos, é possível doar um dos rins, parte do fígado, parte dos pulmões e medula óssea por meio de punção. Além disso, tanto o doador quanto o receptor passam por uma série de exames para verificar a compatibilidade. Por outro lado, quando a doação é feita após a confirmação da morte cerebral, um único doador pode salvar várias vidas, já que é possível doar uma variedade maior de órgãos, como pulmões, intestinos, tendões, pâncreas, ossos, células, rins, pele, coração, válvulas, fígado, córneas, veias e artérias.
No Mário Penna, a maioria das doações realizadas são de córneas. “A córnea é essa membrana que fica na frente dos olhos e que por múltiplos motivos pode sofrer uma lesão. Para substituí-la, precisamos de outra córnea. Nesse caso, a retirada pode ser feita em doadores sem batimento cardíaco há seis horas. É um tipo de transplante que impacta diretamente na qualidade de vida de quem recebe, pois envolve um dos nossos cinco sentidos”, explica Dr. Frederico Bruzzi, Médico Intensivista.
Além da doação de córneas, há casos de doação de múltiplos órgãos. Em ambos os casos, a integridade e agilidade do processo são dúvidas frequentes das famílias. “A doação de órgãos é um processo rápido e ágil, mesmo que burocrático e minucioso. Isso acontece porque são várias equipes com diferentes especialidades envolvidas para que tudo seja feito de forma cuidadosa e ética, preservando a dignidade do doador e garantindo a segurança do receptor”, ressalta Gizelle Mesquita, Coordenadora de Psicologia e Humanização”.
Para expressar a intenção de ser um doador de órgãos, a única maneira é comunicar amigos e familiares sobre o seu desejo. Atualmente, não existe nenhum documento ou assinatura que garanta a doação. A autorização é dada pelos familiares após a abordagem médica. Se for aceita, a Central de Transplantes do estado é comunicada, o ato será registrado na lista de espera e o órgão será encaminhado para o paciente que mais necessitar. A lista de espera para receber o transplante é única e controlada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Para celebrar a data, o Mário Penna promoveu o Green Day e incentivou os colaboradores a vestirem roupas ou acessórios na cor da campanha.