Na última quinta-feira, a Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) abriu as portas para receber o Instituto Mário Penna, representado pelo Dr. Ellias Magalhães, médico oncologista da instituição, em um seminário para falar sobre a campanha Outubro Rosa e debater o tema “Autocuidado e saúde da mulher no enfrentamento ao câncer de mama”, a convite da Presidente e Vereadora da Casa, Nely Aquino. A reunião foi presidida pela vereadora Fernanda Pereira Altoé, o vereador Cláudio do Mundo Novo, Wilsinho da Tabu e Reinaldo Gomes. Além dos parlamentares, estiveram presentes o médico da CMBH, Dr. Felipe Veloso, a coordenadora da Associação Pérola de Minas, Maria Luiza Oliveira, e a secretária-geral do Conselho Municipal de Saúde de BH, Edneia dos Santos.
O encontro tinha como finalidade integrar as ações da Câmara Municipal para a Campanha Outubro Rosa realizada em todo o mundo e que é referência na instituição para todo o estado. Segundo Dr. Ellias Magalhães, terapias anticoncepcionais iniciadas na década de 1970 desencadearam uma incidência de câncer de mama e, a ingestão de pílulas, o uso de álcool, cigarro e a obesidade, aliado à falta de atividade física, ampliaram ainda mais os casos. Além disso, o médico afirma que embora a doença seja da condição humana, as chances de cura são extremamente positivas quando diagnosticada de forma precoce, e o Brasil avançou de forma consistente baixando os índices de morte pela doença quando a prevenção se tornou mais eficiente.
Hoje existem exames que podem diagnosticar precocemente a doença, elevando as chances de cura em até 95%. Porém, quando a mulher já chega com a doença mais avançada, é sinal de que não cumpriu o rastreamento. Ao longo do mês de outubro, a campanha do Mário Penna se empenhou para trazer à tona a importância deste assunto, a fim de conscientizar todas as mulheres a realizarem a mamografia e priorizarem o cuidado com a saúde.
Após o debate promovido pela CMBH, foi realizado um pedido para levar a legislação municipal e estadual em relação aos direitos das mulheres com câncer e a possibilidade de ajustes no orçamento para garantir que haja recursos para a realização das mamografias e o incentivo a iniciativas de destinações por meio do orçamento impositivo.