Para promover o Novembro Azul, mês de prevenção do câncer de próstata, jogadores e comissão técnica do basquete do Minas Tênis Clube fizeram uma visita ao Hospital Mário Penna, em Belo Horizonte, na quarta-feira, dia 22. A equipe visitou os pacientes que estão em tratamento no Hospital, passaram pela ala de quimioterapia e conheceram de perto a obra do Instituto que atende mais de 300 mil pessoas com câncer por ano.
A iniciativa faz parte das ações que o Instituto Mário Penna tem realizado para chamar a atenção para a prevenção do câncer de próstata, que é o segundo tipo de câncer que mais atinge os homens no Brasil. Durante a visita, os atletas e comissão técnica assistiram à apresentação do Coral dos Pacientes Laringectomizados, projeto mantido pelo Instituto, formado por pacientes que passaram pela cirurgia de retirada da laringe e cordas vocais, devido a um câncer no órgão, sendo é um exemplo de como pequenas ações podem ajudar na reinserção de ex-pacientes de câncer na sociedade. Os atletas ficaram emocionados com a apresentação e a forma como os pacientes e equipe do Instituto estão envolvidos com o projeto.
Após a apresentação do coral, o técnico Flávio Espiga, emocionado, agradeceu aos pacientes pelo exemplo de força e superação. “Nós, que vivemos o basquete, estamos sempre cansados, no limite, tendo que fazer algo a mais. Viemos de uma viagem cansativa, com jogos, com a pressão da competição, com tudo isso. Às vezes, baixamos a guarda e nos desanimamos. Mas, aqui, percebemos a vontade de cantar, de botar a voz para fora. Disse aos meus atletas que faríamos uma visita, que daríamos apoio, nos socializaríamos, nos integraríamos. Mas não tem jeito, ganhamos muito mais com esse exemplo. São pessoas que veem de longe para treinar, cantar. Nós é que temos que agradecer. Isso é um exemplo que tem que ser seguido por muita gente. Queria agradecer, porque vocês abriram a porta e fizeram essa apresentação, que foi muito carinhosa”, disse o comandante.
Um dos mais emocionados na visita foi o ala/pivô Teichmann. Quando atuava no Flamengo, o jogador descobriu que estava com câncer no testículo. Superada a doença, Teichmann voltou a jogar normalmente, atualmente, pelo Minas Tênis Clube. Para ele, os pacientes do Instituto Mário Penna são exemplos para todas as pessoas. “Meu padrinho, o cara que me deu a primeira bola de basquete, perdi há pouco tempo. Minha mãe teve câncer há um ano e meio atrás, mas ela superou. Vocês perderam a voz e têm um coral. O simbolismo disso é muito grande. Isso nos mostra o quanto outras questões são pequenas. Vocês são um exemplo gigantesco. Esse trabalho de humanização que é feito aqui é muito importante e a gente torce para que o Instituto continue recebendo doações e atenção da sociedade para que esse trabalho continue. Os atletas saem daqui revigorados e recarregados. Parabéns a vocês, do fundo do meu coração. Obrigado”.
O atleta entregou ao Instituto uma camisa de jogo autografada pelos jogadores e comissão técnica. Escolhido para receber o presente em nome do Mário Penna, Sr. Sebastião, membro do coral, agradeceu. “Quero agradecer, do fundo do meu coração. Muito obrigado”.
Apoio ao Instituto
Na ocasião, os atletas do Minas convidaram os pacientes para irem ao jogo que será realizado no próximo sábado, dia 25, às 14h, na Arena Minas Tênis pela liga nacional do Novo Basquete Brasil (NBB). Durante a partida entre os times Minas e Botafogo, os torcedores serão desafiados a pedalarem uma bicicleta ergométrica que estará disponível no local. A quilometragem atingida pelos torcedores será equivalente à porcentagem da bilheteria arrecadada a ser doada ao Instituto Mário Penna.
Confira as fotos (Orlando Bento / Minas Tênis Clube):