No Brasil, o número de pacientes com câncer aumenta a cada ano e a doença já é a 2° causa de morte dos brasileiros. Uma pesquisa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) prevê mais de 580 mil novos casos só este ano. Três em cada 10 casos estão relacionados ao estilo de vida e hábitos ruins como tabagismo, consumo de álcool, sedentarismo, obesidade e exposição excessiva ao sol. Não à toa que campanhas como a “Troque o medo por esperança”, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica, com apoio do Instituto Mário Penna, reforça a importância da prevenção.
O Instituto Mário Penna se uniu a iniciativa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), numa ação nacional em celebração ao Dia de Combate ao Câncer, onde médicos, residentes e profissionais da equipe multidisciplinar do Instituto estiveram no Mercado Central de BH para alertar a população. “Nosso objetivo foi ampliar o conhecimento da população sobre o câncer, principalmente sua prevenção”, explicou Reni Cecília Lopes Moreira, Gerente Médica do Hospital Luxemburgo, que integra a SBCO-MG. Além disso, foi distribuído um material informativo sobre os diversos tipos de câncer, os profissionais também esclareceram dúvidas.
Referência no tratamento do câncer há quase 50 anos, o Instituto Mário Penna é classificado como um centro de alta complexidade oncológica. Em apenas um ano, a instituição atendeu mais de 153 mil pacientes e realizou mais de 300 mil atendimentos. Foram mais de 312 aplicações de radioterapia e mais de 35 mil sessões de quimioterapia, além de 78 transplantes de medula óssea realizados.
O oncologista clínico do IMP, Israel Vilaça, ressalta que nos últimos anos os tratamentos têm se modernizado, bem como os métodos de diagnóstico, porém, ressalta que a prevenção deve ser o grande foco da população. “Nos últimos anos tivemos uma grande evolução no tratamento do câncer, com melhor entendimento do comportamento dos tumores e a partir daí foram desenvolvidas algumas terapias alvo, e isso tem chegado ao sistema único de saúde, ainda que de forma lenta, e melhorado a sobrevida dos pacientes. Mas o mais importante é prevenir, é evitar a doença”.