Você sabia que as células acometidas pelos mais diversos tipos de cânceres podem se proliferar além de seus limites normais e invadir partes adjacentes do corpo, se espalhando para outros órgãos? No caso do câncer de pele não é diferente! A doença também pode apresentar esse crescimento descontrolado de algumas células que compõem esse órgão – a pele. Nesse contexto, existe um grupo de cânceres que se desenvolve lentamente na camada superior da pele, o chamado de “câncer de pele não melanoma” (CPNM). Nesse grupo, os exemplos mais importantes são o “carcinoma basocelular” (CBC), que é menos agressivo, e o “carcinoma espinocelular ou epidermoide” (CEC), que é um tumor de característica maligna. O termo “não melanoma” distingue esses tipos, mais comuns de câncer de pele, do câncer menos comum e, também, mais agressivo, que é o melanoma.

O câncer de pele não melanoma é o grupo de neoplasias malignas mais predominante no Brasil e no mundo, respondendo por 30% dos diagnósticos no país. Pensando nas regiões do Brasil que mais ocorrem esse grupo da doença, quando consideramos os homens, o câncer de pele não melanoma é o mais incidente nas Regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste, enquanto para as mulheres, a incidência é predominante em todas as regiões do Brasil.

Cerca de 75 em cada 100 casos de não melanoma são carcinoma basocelular que, portanto, é o tipo mais comum de câncer de pele. Ele se desenvolve, principalmente, em áreas expostas a muita luz, incluindo partes do rosto como nariz, região das pálpebras, testa e bochechas. Além disso, também se desenvolve nas costas ou na parte inferior das pernas e é mais frequentemente diagnosticado em pessoas de meia idade ou idosas. No que diz respeito ao CEC, esse é o segundo grupo mais comum de câncer de pele não melanoma, e é comumente visto em áreas da pele expostas ao sol, incluindo dorso das mãos, rosto, braços, pernas, orelhas, boca e até mesmo no couro cabeludo. Além disso, o carcinoma espinocelular também pode ocorrer em áreas de mucosas e genitais, ou seja, em locais não expostos ao sol.

Há dois tipos básicos de câncer de pele, o não melanoma e o melanoma. Esse segundo, apesar de ser um grupo de câncer de pele pouco frequente, é o tipo mais grave. Ele se desenvolve a partir de melanócitos, que são aquelas células que produzem a melanina – o pigmento que dá cor à pele. O melanoma também pode se formar nos olhos e, raramente, pode ocorrer em mucosas. Apenas 20 a 30 por cento dos melanomas se desenvolvem a partir de “manchas ou pintas” preexistentes, ou seja, 70 a 80% surgem na pele aparentemente normal, assim sendo, é preciso ter uma maior atenção às lesões pigmentadas que aparecem no corpo de repente.

A maioria dos cânceres de pele podem ser curados se diagnosticados e tratados precocemente, então verifique sua pele todos os dias em busca daquelas “feridas que não cicatrizam” ou daquelas “manchinhas ou pintas” que surgiram ou estão se modificando. Já o tratamento da doença é de acordo com o tipo de câncer de pele e inclue a remoção cirúrgica, a crioterapia, a cirurgia micrográfica de Mohs, a quimioterapia e a radioterapia.  

Vacinas contra o câncer de pele no mundo 

 A parceria entre a empresa alemã BioNTech e a indústria farmacêutica Pfizer foi consolidada com a criação da vacina contra o Coronavírus, na atual pandemia. Essa colaboração demonstrou ao mundo que juntas teriam tecnologia para trabalhar em novos projetos e, recentemente, as empresas noticiaram ao mundo que estão trabalhando no desenvolvimento de um imunizante nomeado como BNT111, para combater o câncer de pele tipo melanoma, em estágios III e IV da doença.

A vacina BNT111 atua no sistema imune do paciente ao trabalhar com o RNA-mensageiro, responsáveis pela síntese de proteínas, que “ensina” as células de defesa a combaterem o câncer de pele. A etapa de desenvolvimento do imunizante já se encontra em fase de ensaio, com a aplicação da primeira dose da vacina em um participante da pesquisa, na União Europeia. Até o momento, os resultados encontrados são promissores e a droga demonstrou ser segura o suficiente para que as pesquisas continuem avançando na captação de mais voluntários.

Outros estudos de vacina contra o câncer também estão em desenvolvimento na Universidade de Montreal, no Canadá. Esse imunizante, cujo método permite que as células cancerígenas sejam atacadas sem afetar as células saudáveis, está em fase de aprimoramento, em que um vírus modificado (Oncolíticos) infecta a célula doente e a elimina. O método demonstrou ser eficaz nos estudos de fase I, em camundongos. No entanto, ainda existe um longo caminho a ser percorrido para se propor estudos com voluntários, de forma segura.

Fonte: Instituto Nacional de Câncer – INCA

Texto da: Profa. Dra. Izabela Ferreira Gontijo de Amorim | Pesquisadora do Instituto Mário Penna – Ensino, Pesquisa e Inovação

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