Você já ouviu falar do Julho Verde? Este é o mês dedicado à conscientização sobre o câncer de cabeça e pescoço, um grupo de tumores que pode afetar regiões como boca, garganta, laringe, nariz, seios da face e glândulas salivares. Apesar de serem menos conhecidos do que outros tipos de câncer, esses tumores têm um impacto importante na qualidade de vida das pessoas e, muitas vezes, são diagnosticados tardiamente.
Entre os principais fatores de risco estão:
- o tabagismo,
- o consumo excessivo de álcool,
- a infecção pelo vírus HPV (papilomavírus humano), especialmente no caso de tumores de orofaringe.
Por isso, evitar o cigarro, moderar o consumo de bebidas alcoólicas e realizar a vacinação contra o HPV são atitudes fundamentais para prevenir a doença. Ficar atento a sinais como feridas na boca que não cicatrizam, dor persistente na garganta, rouquidão ou dificuldade para engolir também é essencial para um diagnóstico precoce.
No mês de julho, também é celebrado o Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, e no Instituto Mário Penna, são muitos os avanços da ciência e da medicina na busca por melhores formas de tratar e entender o câncer de cabeça e pescoço.
Um exemplo é o estudo da médica oncologista Kenia Cristina Correia Martins, preceptora da Residência de Oncologia Clínica do Mário Penna, orientado pelo professor adjunto do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG, Dr Paulo Henrique Costa Diniz, em colaboração com a Dra. Letícia da Conceição Braga, coordenadora do Laboratório de Pesquisa Translacional em Oncologia do NEPI, que investiga biomarcadores prognósticos relacionados ao estresse oxidativo em pacientes com câncer HPV-positivo, presença de genes diferencialmente expressos no câncer e a resposta imune que caracteriza o microambiente do tumor.

Os resultados esperados deste estudo prometem identificar biomarcadores capazes de prever o comportamento do câncer de forma mais precisa, abrindo caminho para tratamentos personalizados e mais eficazes no SUS. Isso representa uma verdadeira esperança para milhares de pacientes em todo o país.
A disseminação de informações confiáveis é essencial para a prevenção e o enfrentamento do câncer. A participação da população em estudos clínicos e pesquisas científicas é fundamental para o avanço do conhecimento e o desenvolvimento de tratamentos mais eficazes. Contribuir com essas iniciativas pode representar um passo importante na transformação do futuro do tratamento oncológico no Brasil.
Fonte: Texto produzido pela Dra. Letícia da Conceição Braga – Gerente de Pesquisa Translacional em Oncologia do NEPI – Mário Penna