Nesta quinta-feira (24), o Instituto Mário Penna participou da audiência pública promovida pela Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais para discutir a implementação do Fast Track Oncológico no estado. O encontro teve como objetivo apresentar a iniciativa voltada à aceleração do início do tratamento oncológico no Sistema Único de Saúde (SUS).
Atualmente, o tempo médio entre o diagnóstico e o início do tratamento de câncer é de aproximadamente 120 dias. O projeto Fast Track Oncológico, também conhecido como Jornada de Excelência do Paciente Oncológico, propõe a redução desse intervalo para até 21 dias, promovendo mais agilidade, eficiência e dignidade no cuidado aos pacientes.
O Diretor-Presidente do Instituto Mário Penna, Marco Antônio Viana Leite, e o Diretor Técnico-Assistencial da instituição, Dr. José Mourão Neto, participaram da audiência. Também estiveram presentes os profissionais André de Paula Fialho, Cristiano Alkmin, Antônio da Costa Lima Filho, Luiza da Silva Miranda e Jules Cobra, além dos deputados estaduais Professor Cleiton e Lucas Lasmar, presidente da Comissão de Saúde.
Na fase inicial do projeto, o foco será o atendimento a pacientes com câncer de mama, com a meta de eliminar a fila para exames. Para isso, o Hospital Luxemburgo, unidade do Instituto Mário Penna, ampliou sua capacidade de leitos e passou a oferecer atendimento exclusivo pelo SUS. A oferta de mamografias, por exemplo, foi ampliada de 700 para mais de 4 mil exames mensais.
A segunda etapa prevê a criação do Núcleo de Matriciamento em Oncologia, um canal de comunicação direta entre especialistas, médicos da atenção primária e profissionais das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). A proposta visa fortalecer a integração entre os diferentes níveis de atenção à saúde, assegurando um fluxo mais eficiente e coordenado para o paciente oncológico.
O projeto também contempla o desenvolvimento de um modelo replicável de monitoramento da jornada do paciente, com um sistema de navegação que garanta o acompanhamento contínuo em todas as etapas do tratamento.
“O compromisso do Instituto Mário Penna é fazer mais com menos”, destacou Marco Antônio. Para reforçar esse compromisso com a transparência e a boa gestão dos recursos públicos, foi estabelecida uma parceria com o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG).
A iniciativa foi elogiada pelo deputado Lucas Lasmar, responsável pela solicitação da audiência pública. O parlamentar mencionou que a Lei Federal 13.896/2019 determina que exames de diagnóstico do câncer devem ser realizados em até 30 dias, mas, segundo dados do Ministério da Saúde, apenas 33% dos pacientes conseguem realizar os exames nesse prazo.
A audiência pública evidenciou a urgência de mudanças no atual modelo de atendimento oncológico em Minas Gerais. A proposta apresentada pelo Instituto Mário Penna representa um
avanço importante na melhoria da assistência aos pacientes com câncer no SUS, por meio de ações estruturadas que incluem ampliação de serviços, integração entre profissionais e monitoramento contínuo da jornada do paciente.
Com o apoio de parlamentares e especialistas, a iniciativa fortalece o compromisso com um cuidado mais ágil, qualificado e acessível, contribuindo de forma significativa para a transformação da saúde pública no estado.