O mês de março é também conhecido pela cor Azul Marinho em conscientização ao câncer colorretal, o terceiro tipo mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), que estima o surgimento de mais de 41 mil novos casos por ano no país.
Amóz Fernandes, paciente oncológico do Instituto Mário Penna, descobriu que tinha adenocarcinoma no intestino (tumor que acomete a área digestiva, incluindo a porção final do intestino grosso, chamada de cólon e reto) depois de alguns meses que os sintomas começaram a aparecer. Ele conta que se sentia fraco, cansado e perdia sangue pelas fezes. Mas levou isso por um tempo, acreditando que passaria. Quando resolveu procurar um médico e teve o diagnóstico, retirou alguns pólipos pelo exame colonoscopia. No entanto, foi encaminhado ao Instituto Mário Penna, onde fez uma cirurgia para a retirada de uma parte do intestino grosso que já estava comprometido. “Eu nunca pensei que poderia ter essa doença e nem sabia do que se tratava. Aconselho que todas as pessoas procurem um médico quando sentir qualquer sintoma diferente do habitual e realizem a colonoscopia para se ter o diagnóstico o quanto antes. Se eu tivesse feito isso, teria evitado esse tumor maior e só retiraria os pólipos pelo exame. Mas fui abençoado por ser atendido aqui no Instituto Mário Penna por cirurgiões muito competentes. Fui muito bem tratado desde o início que cheguei aqui por todos. Hoje sou outra pessoa. Tive a oportunidade de viver novamente e estou muito feliz”.
O Instituto Mário Penna realiza mais de 323 mil atendimentos por ano. Em 2022, mais de 2 mil pacientes relacionados ao câncer colorretal foram atendidos na instituição e realizadas 221 cirurgias.
A equipe é formada por profissionais renomados, contando com os médicos coloproctologistas Alice Capobiango, Alexandre Miranda da Silveira, Marco Antônio Miranda dos Santos e Seiji Miyata.
De acordo com Dra. Alice Capobiango, médica proctologista do Instituto Mário Penna, o câncer colorretal abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso (cólon), no reto (final do intestino) e no ânus.
A médica explica que a doença se desenvolve gradativamente por uma alteração nas células que começam a crescer de forma desordenada e que, inicialmente, pode não apresentar qualquer sintoma. Ela diz ainda que grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem surgir na camada interna do intestino grosso.
O câncer colorretal é tratável e, na maioria dos casos, curável ao ser detectado precocemente, principalmente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos. Quanto mais cedo o diagnóstico, as chances de cura da doença passam dos 90%.
“Uma das medidas preventivas contra a doença é a realização de colonoscopia a partir dos 50 anos na população em geral (existem casos em que é necessário fazer antes). Por meio do exame é possível identificar e retirar pequenas lesões benignas chamadas pólipos, que podem se transformar em tumores malignos com o passar do tempo. O desconforto do preparo para a realização da colononoscopia é totalmente tolerável. O exame não é tão desagradável quanto a maioria das pessoas acredita. O procedimento dura de 15 a 30 minutos e o paciente é sedado para evitar qualquer desconforto”; explica Dra. Alice Capobiango.
Sobre o câncer colorretal
Sinais e sintomas – É importante ficar atendo a sinais como presença de sangue nas fezes; alteração do hábito intestinal (diarreia ou prisão de ventre por tempo prolongado; dor ou desconforto abdominal anormal; dor ao evacuar; fraqueza e anemia; perda de peso sem causa aparente; alteração na forma das fezes; mudanças no apetite.
Fatores de risco – O diagnóstico do câncer colorretal é mais propenso em alguns casos como em pessoas com idade igual ou acima de 50 anos; naqueles que apresentam excesso de peso corporal; na prática da alimentação com processados e pobre em frutas, vegetais e outros alimentos que contenham fibras; em pessoas com histórico familiar de câncer de intestino, ovário, útero ou mama; no tabagismo; e no consumo frequente e excessivo de bebidas alcoólicas.
Detecção precoce e diagnóstico: A detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar um tumor numa fase inicial e, assim, aumentar achance de tratamento.
O câncer colorretal pode ser detectado precocemente, por meio de dois exames principais: pesquisa de sangue oculto nas fezes e endoscopias (colonoscopia ou retossigmoidoscopias).
O rastreamento em todas as pessoas acima dos 50 anos é fundamental para a detecção precoce da doença, independentemente de apresentarem sintomas ou não. No entanto, pacientes mais jovens, com histórico familiar de câncer, também devem ser avaliados. A colonoscopia é o principal exame para o rastreamento do câncer colorretal.
Tratamento – É uma doença tratável e frequentemente curável. O tratamento depende, principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor. Cada caso deve ser avaliado individualmente pelo médico.
Prevenção – O câncer colorretal está intimamente associado a maus hábitos alimentares e, por isso, pode ser prevenido com algumas alterações simples no dia a dia. Dentre elas estão: manter o peso corporal adequado; praticar uma atividade física regularmente; cuidar da alimentação, dando preferência para alimentos como frutas, verduras, legumes, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, grãos e sementes; evitar o consumo de embutidos e carne vermelha; não fumar e nem se expor ao tabagismo.