No Brasil, apenas neste ano, o câncer de pulmão ocupava, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o terceiro lugar entre os tipos mais comuns de câncer em homens e o quarto lugar entre as mulheres, excluindo o câncer de pele não melanoma. Quanto à mortalidade, esse lidera a lista entre os homens e ocupa o segundo lugar entre as mulheres, principalmente porque a maioria dos casos são diagnosticados em estágios avançados, o que impacta negativamente o prognóstico. O mês de agosto é dedicado, então, à prevenção e combate a esse tipo de doença.

Os estudos desenvolvidos na Unidade de Ensino, Pesquisa e Inovação do Mário Penna têm se destacado pela excelência no trabalho e pela aplicabilidade científica, principalmente por buscar soluções que impactam de forma positiva a vida dos pacientes oncológicos. Nesse sentido, a equipe da Pesquisa Translacional do Mário Penna, por meio do pesquisador Jorge Goulart, está desenvolvendo um estudo com o objetivo de analisar o perfil genético de pacientes com câncer de pulmão, através de amostras de sangue.

A pesquisa vem sendo realizada em parceria com os professores da Universidade Federal de Minas Gerais, Dr. Renato Santana e Dr. Rennan Moreira, bem como junto aos médicos do Mário Penna, Dr. Ellias Lima e Dr Erlon Carvalho. Segundo Jorge Goulart, o projeto visa conseguir alternativas menos agressivas tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento. “O estudo tem como proposta desenvolver e implementar um painel genético que possa ser identificado através do sangue e integrado aos fluxos de trabalhos clínicos diários. A ideia é possibilitar um método minimamente invasivo que permitirá o diagnóstico e acompanhamento dos pacientes com câncer de pulmão” afirmou o pesquisador.

 

Entenda mais sobre o câncer de pulmão e os fatores de risco da doença

Os principais fatores de risco para o câncer de pulmão incluem tabagismo – ativo e passivo – e o uso de tabaco de variadas formas, como charutos e narguilés, e até inalação de fumaça de lenha. A exposição a produtos químicos no trabalho, como asbesto e sílica, as doenças pulmonares anteriores e a infecção por vírus HPV também são causas que impactam nesse processo.

Entre essas causas, o tabagismo é, incontestavelmente, o fator modificável mais significativo para esta doença, contribuindo para cerca de 80% dos casos. Isso porque a fumaça resultante da queima do tabaco é considerada uma das fontes mais significativas de

exposição a produtos químicos prejudiciais e doenças relacionadas a químicos em seres humanos.

Fumaça da queima do tabaco:

– Contém cerca de 5.000 produtos químicos diferentes

– Vários componentes que podem causar câncer – como alcatrão, nitrosaminas, formaldeído, hidrocarbonetos policíclicos, metais pesados

Cigarros Mentolados: o mentol presente nesses cigarros facilita a inalação mais profunda da fumaça, o que pode agravar os danos aos pulmões e potencializar os riscos à saúde.

 

A maior parte dos casos de câncer de pulmão se dá de forma assintomática até a fase mais avançada da doença. Contudo, algumas pessoas, mesmo com o diagnóstico precoce, manifestam sintomas mais evidentes. Ao buscar auxílio médico quando esses sinais surgem, há possibilidade de diagnóstico em estágio inicial, o que amplia as perspectivas de tratamento eficaz. Embora muitos desses sintomas possam ter outras causas, é essencial consultar um médico imediatamente para avaliação e tratamento, se necessário.

Os sintomas mais comuns do câncer de pulmão são: tosse persistente, tosse com sangue ou escarro cor de ferrugem, dores no peito que geralmente pioram com respiração profunda ou risada. A rouquidão, perda de apetite, perda de peso inexplicável, falta de ar, cansaço e fraqueza constantes, infecções como bronquite e pneumonia que não desaparecem ou continuam voltando, também são sinais importantes.

Diversas opções de tratamento estão disponíveis para o câncer de pulmão, incluindo cirurgia, quimioterapia, terapia alvo, imunoterapia e radioterapia. O esquema terapêutico para o tratamento é individualizado, levando em consideração a classificação histológica do tumor, estágio da doença e condição de saúde do paciente, sendo essencial uma avaliação minuciosa por uma equipe multidisciplinar.

 

Fonte: Dra Izabela Ferreira Gontijo de Amorim | PhD em Patologia experimental, Pesquisadora do Instituto Mário Penna – Ensino, Pesquisa e Inovação

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