Nos dias 28 e 29 de julho, a Unidade de Ensino, Pesquisa e Inovação do Mário Penna participou do 23º Congresso Brasileiro de Cancerologia (CONCAN), que aconteceu na cidade de Salvador/BA. Os trabalhos de Letícia Braga, Jorge Goulart e Fábio Queiroz, todos pesquisadores do Mário Penna, conquistaram os três primeiros lugares da premiação. Foram mais de 200 trabalhos inscritos, em um processo de submissão que aconteceu às cegas, com uma banca avaliadora composta por pesquisadores de todo o país.
O encontro reuniu institutos de pesquisas, médicos, universidades e as principais organizações ligadas à saúde tanto internacionais, quanto do Brasil, em um evento cujo intuito era compartilhar avanços científicos e práticas que mobilizem os profissionais da área. Além de partilhar experiências e atualizações em biologia molecular, tumoral e oncogenética, o Congresso trouxe para o eixo das discussões as novas possibilidades de diagnósticos e tratamentos por meio da radioterapia, cuidados paliativos, medicina nuclear e psicologia. Além dos três primeiros lugares, cinco trabalhos da instituição também foram selecionados e todos eles estarão na Revista Brasileira de Cancerologia.
Letícia Braga, gerente da Pesquisa Translacional do Mário Penna conquistou o primeiro lugar, apresentando o estudo “Microvesículas de células endoteliais como biomarcador diagnóstico do câncer de mama: uma estratégia de biópsia líquida” e Jorge Goulart e Fábio Queiroz empataram na conquista do segundo lugar com os trabalhos “Análise do perfil imunológico em pacientes com câncer de colo de útero: em busca de biomarcadores preditivos e prognóstico” e “Mirna 223-3P: uma provável assinatura prognóstica para o câncer de mama triplo negativo”, respectivamente.
As pesquisas demonstram que a biópsia líquida, uma técnica que permite o acesso a algum líquido corpóreo do paciente – geralmente sangue, plasma ou urina – de forma menos invasiva, possibilitam o monitoramento mais preciso da doença. Esse processo permitiria a identificação de biomarcadores, que podem ser moléculas ou células que auxiliam no reconhecimento de alguma condição importante do paciente. Além de menos agressivo, este procedimento também geraria menos custos, sendo mais preciso e específico no acompanhamento do paciente.
Para Letícia, a participação no Congresso foi uma oportunidade de mobilização de profissionais de diferentes áreas para discutir sobre o que há de mais moderno na área científica. “A gente ter três trabalhos selecionados foi uma honra. Hoje observamos que a biologia molecular com foco na identificação de biomarcadores que possam melhorar a qualidade da assistência é a grande dor do oncologista. Nós apresentamos três propostas focadas em biópsia líquida, que foi considerada na American Association for Cancer Research como uma das principais técnicas para o desenvolvimento de inovações em oncologia” afirmou.
Receber a notícia de que os três trabalhos haviam sido selecionados foi uma junção de sensações, pontuou Fábio Queiroz. Para ele, a notícia foi de grande alegria, mas não totalmente surpreendente, uma vez que a instituição vem encaminhando os trabalhos com seriedade e compromisso. “Estamos conduzindo as pesquisas com uma ética e um rigor científico incomparável e isso só credencia o Mário Penna para voos cada vez maiores. Estamos orgulhosos e conscientes da missão que ainda temos para conquistar no enfrentamento ao câncer” disse.
Ele ainda complementa que o grande diferencial dos trabalhos envolvendo a técnica da biópsia líquida, é o de trazer resultados mais rápidos e com o mesmo rigor de sensibilidade e especificidade das técnicas que são encontradas hoje. Além de ser menos invasivo, há possibilidade de o paciente ter um diagnóstico com um pouco mais de agilidade e sem sofrimento. Para ele, a premiação no Congresso só confirma como o Mário Penna tem proporcionado pesquisas científicas de alto nível.
Jorge Goulart, também um dos premiados, enfatizou que o resultado é apenas consequência de muito empenho. “A sensação foi incrível e gratificante, primeiro por estar entre os três melhores de um Congresso que recebe trabalhos do Brasil inteiro e depois por descobrir que os três foram provenientes do Instituto Mário Penna. Isso ressalta a qualidade dos nossos estudos, comprometimento com a pesquisa oncológica e reforça a dedicação de nossa equipe em buscar inovação e excelência na área” comentou
A equipe da Unidade de Ensino, Pesquisa e Inovação, após o Congresso, retornou ao Mário Penna com a certeza de que os estudos e as pesquisas estão cada vez alcançando maiores resultados. Marco Antônio Viana Leite, diretor-presidente da instituição, afirmou que além de levar o nome da Mário Penna a um reconhecimento cada vez maior na excelência do trabalho, a premiação simboliza a capacidade técnica dos profissionais da instituição. “A conquista dos três primeiros lugares no Congresso só reforça o compromisso e a seriedade dos nossos profissionais. Essa premiação só revela que estamos no caminho certo para alcançar o que há de mais inovador no combate ao câncer e consequente o que há de melhor para os nossos pacientes.