O Instituto Nacional de Câncer (Inca) fez um alerta sobre o uso de cigarros eletrônicos. A instituição destacou o risco trazido por inúmeras substâncias tóxicas, na maioria aditivos com sabores de nicotina que causam dependência química e que são encontradas nos chamados Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEF).
Para reforçar o alerta, o INCA declarou apoio à lei da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que proíbe a comercialização, a importação e a propaganda de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar.
Sinal de alerta também para um estudo conduzido por pesquisadores norte-americanos durante nove anos, com 32 mil adultos, que mostrou os danos causados pelo uso de cigarros eletrônicos e vaporizadores a longo prazo.
“A conclusão foi que esses aparelhos aumentam em 30% as chances de os usuários desenvolverem doenças pulmonares crônicas como asma, bronquite e enfisema. Os problemas no pulmão surgem a partir do terceiro ano de uso frequente dos cigarros eletrônicos”, explicou Rodrigo Veloso, médico Cirurgião Torácico coordenador da Cirurgia Torácica do Instituto Mário Penna.
Muito discutido atualmente, o assunto também é tema de debates entre especialistas, que alertam que a chance de um jovem começar a fumar cigarro convencional quadruplica com o uso desse tipo de dispositivo. Eles alegam que é um erro ver na migração para esses aparelhos, a não relação com o tabagismo.