Nesse mês, o Instituto Mário Penna abraça a campanha do Agosto Branco. Com o tema “Dê um fôlego na sua saúde”, a instituição chama atenção para a prevenção e diagnóstico do câncer de pulmão.
Segundo Dr. Ellias Lima, médico oncologista do Instituto, o câncer de pulmão acomete cerca de 30 mil pessoas ao ano no Brasil, e é o tipo de câncer que mais mata no mundo.
SINTOMAS
Em fases precoces, na maioria das vezes, o paciente não apresenta sintomas. Já nos estágios avançados, os sinais se iniciam a partir de tosse com presença ou não de sangue, cansaço, falta de ar e dor no tórax. Além disso, os sintomas podem se originar de algum ponto de metástase, com dores em outros locais. Também se apresentam com dores de cabeça e convulsões, em caso de metástase no cérebro.
“É um desafio muito grande diagnosticar os pacientes de câncer de pulmão no início, justamente pela ausência de sintomas”; relata Dr. Ellias.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é feito a partir de exames de imagens, como tomografias ou raio-x do tórax, quando o paciente apresenta algum sintoma. Após a suspeita é feita uma biópsia para confirmar o diagnóstico. Esse procedimento pode ser feito de duas formas: broncoscopia ou punção guiada por imagem. No primeiro caso, é realizada uma endoscopia respiratória dentro do pulmão. Já no segundo, o radiologista intervencionista punciona o lugar da lesão que foi localizado através da imagem. Esse material coletado é enviado ao Laboratório de Anatomia Patológica para a realização do diagnóstico definitivo.
TRATAMENTO
“A maioria dos casos de câncer de pulmão é diagnosticada em uma fase avançada, na qual a cirurgia tem pouco impacto”; explica Dr. Ellias Lima. Entretanto, existem outros tratamentos que podem ser utilizados. A quimioterapia convencional, apesar dos diversos efeitos colaterais, pode ser usada em pacientes cirúrgicos ou não. Também é possível tratar através da radioterapia, mas é um método menos utilizado.
Em pacientes não cirúrgicos, os tratamentos via oral, chamados de drogas-alvo, são os mais utilizados. Nele, os medicamentos atacam apenas as células cancerígenas, sendo menos tóxicos para o corpo humano. A imunoterapia também pode gerar respostas positivas no tratamento do câncer de pulmão. Neste processo, o sistema imunológico do próprio paciente é usado para combater ou controlar o câncer.
“O avanço nas terapias contra o câncer de pulmão proporciona ao paciente uma sobrevida maior, as custas de menos efeitos colaterais durante o tratamento”; ressalta Dr. Ellias
PREVENÇÃO
A principal medida de prevenção contra o câncer é a interrupção do hábito de fumar, já que cerca de 85% dos casos da doença estão relacionados ao tabagismo. Para pacientes que nunca fumaram, o risco de desenvolver a doença é bem menor do que aqueles que ainda fazem o uso de cigarros.
Como prevenção secundária é recomendada a realização de uma tomografia de tórax periódica para pessoas com mais de 55 anos e com uma carga de tabaco de mais de 25 anos.
EQUIPE
O Instituto Mário Penna conta com 19 oncologistas, 4 cirurgiões torácicos e 10 médicos residentes especializados no câncer de pulmão. A equipe também conta com radioterapeutas, radioncologistas, pneumologistas e 2 médicos específicos para o ambulatório. Para complementar, o time multidisciplinar do Instituto também dá suporte aos pacientes durante o tratamento.
NÚMEROS MÁRIO PENNA EM 2021
301 atendimentos de Pneumologia
1617 atendimentos de Cirurgia Torácica