Que tal finalizarmos setembro falando sobre um tema que tem tudo a ver com essa época do ano? Para quem não sabe, o chamado “Setembro Amarelo” abre espaço para discutirmos um assunto extremamente necessário: a saúde mental. E claro, não podemos deixar de abordar os desafios e cuidados no uso de medicamentos indicado para o tratamento da depressão.
A depressão é uma síndrome psiquiátrica altamente prevalente e estima-se que acometa de 3% a 5% da população. Sabe-se que o enfrentamento de doenças pode favorecer o desenvolvimento da depressão (destacando doenças cardiovasculares, oncológicas e dores crônicas). A depressão requer acompanhamento médico especializado e o uso de medicamentos se faz necessário para o tratamento da doença, que não deve negligenciada ou tratada com preconceitos.
Existe uma vasta opção de medicamentos para o tratamento da depressão. De modo geral, podemos citar alguns cuidados que devem ser tomados para que o tratamento se torne efetivo e seguro.
- Somente o médico pode receitar medicamentos para o tratamento da depressão, pois a venda sem receita é proibida. Denuncie qualquer estabelecimento que forneça medicamentos controlados sem exigência de receita médica!
- No momento da aquisição do medicamento controlado, uma via da receita fica retida no estabelecimento. Lembre-se, portanto, de exigir uma cópia para conferência do modo de uso prescrito (dose, horário, recomendações específicas, etc).
- Lembre-se de fazer o uso do medicamento conforme orientado pelo médico, seguindo o horário e a dose prescritos. Em caso de esquecimento, não tome a quantidade dobrada no dia seguinte. As falhas no uso do medicamento podem comprometer o seu efeito.
- Os medicamentos para depressão podem demorar alguns dias ou semanas para iniciar o efeito. É importante ter isso em mente, para que não haja uma sensação de não efetividade. Durante esse período, compartilhe com amigos e familiares sobre o novo tratamento, pois pode ser necessário contar com o apoio dessas pessoas para contornar um possível agravamento inicial da doença, seguido de melhora progressiva.
- O início do tratamento pode favorecer o surgimento de reações indesejáveis que, muitas vezes, melhoram ao longo das primeiras semanas. Procure o farmacêutico ou o médico para se informar sobre as reações comuns e os meios de minimizá-las. Em caso de persistência dos sintomas, o médico deverá ser consultado.
- Nunca compartilhe o seu medicamento com outras pessoas! Essa prática, que muitas vezes vem acompanhada de boas intenções, pode prejudicar o outro e colocar sua saúde em risco!
- Não interrompa o seu tratamento de forma abrupta. Isso pode gerar sintomas desagradáveis e comprometer sua saúde. Além disso, os sintomas da depressão poderão retornar de forma ainda mais intensa. Decida quando finalizar o tratamento juntamente com o seu médico, que irá orientá-lo sobre a retirada gradual do medicamento.
Lembre-se: você não está sozinho! Conte com o profissional farmacêutico para compartilhar dúvidas e inseguranças em relação ao seu tratamento!
Fonte: InfoFarma – Centro de Informação Farmacêutica em Oncologia