Junho é o mês de conscientização à leucemia e o Instituto Mário Penna abraçou a campanha. Dra. Maíra Borela, Hematologista Homoterapeuta da instituição, explica que a doença afeta a medula óssea. “A Leucemia é uma doença que impacta a produção de sangue do corpo humano, o que pode gerar alterações na quantidade dos componentes, normalmente com o acúmulo de células doentes na medula”.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estão previstos 11.540 diagnósticos de Leucemia para cada ano do triênio de 2023 a 2025. Os tipos mais comuns são a Leucemia Mieloide Aguda (LMA), Leucemia Mieloide Crônica (LMC), Leucemia Linfocítica Aguda (LLA) e Leucemia Linfocítica Crônica (CLL).
Na maioria das vezes, a Leucemia não possui fatores hereditários, sendo assim uma doença adquirida. Os fatores de risco são poucos e dependem do tipo, o que torna a prevenção desconhecida. A exemplo disso, para a Leucemia Mielóide Aguda, o risco aumenta com a idade, além de ser mais incidente em homens.
Os sintomas podem ser expressados através do cansaço excessivo, febre recorrente, fadiga, falta de ar, sangramento nas fezes e urina, hematomas pelo corpo, fígado e baço aumentados, ínguas e infecções de repetição. Além disso, anemia, leucócitos alterados e plaquetas baixas podem ser sinais de alerta percebidos nos exames de sangue. Para confirmar o diagnóstico, a biópsia também pode ser utilizada.
Como tratamento, a quimioterapia venosa ou oral, a radioterapia e a imunoterapia são possibilidades, mas o transplante de medula óssea também é bastante utilizado. O Instituto Mário Penna oferece todos esses tipos de tratamento, inclusive o transplante autólogo, realizado do paciente para ele mesmo. Nesse procedimento, as células do paciente são coletadas e armazenadas para uso posterior no próprio tratamento.
Para a realização do transplante alogênico, o processo de doação de medula de um outro indivíduo é essencial. Dra. Maíra explica que é um procedimento simples em que o doador não passa por cirurgia. “O transplante de medula tem intenção curativa para uma doença agressiva como a Leucemia. A doação inicial pode ser feita através da doação de sangue sem testes adicionais. A partir do momento que alguém é compatível, a medula pode ser doada de duas formas. A primeira é pela doação de sangue. A segunda é através da medula óssea”.
A doação de medula é feita sob sedação, ou seja, não gera dor a quem está doando, além de ter uma recuperação rápida. O procedimento é feito através de uma punção na região lombar sem a necessidade de corte.
A Hematologista do Mário Penna ainda conta que as transfusões de sangue também são fundamentais para o tratamento. “Pacientes com Leucemia também geram uma demanda considerável de transfusão e ela também faz parte do tratamento. Por isso, durante a campanha de Junho Laranja, incentivamos também a doação de sangue”.