O Instituto Mário Penna alerta para a prevenção do câncer do colo de útero com a campanha “Março Lilás – Poderosa mesmo é a mulher que se previne”. A prevenção primária está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo Papilomavírus Humano (HPV). A transmissão da infecção ocorre por via sexual, presumidamente por meio de abrasões microscópicas na mucosa ou na pele da região anogenital (da vulva, vagina ou anus). O uso de preservativos durante a relação sexual protege parcialmente do contágio pelo HPV, que também pode ocorrer pelo contato com a pele da vulva, região perineal e perianal.
Segundo Dra. Telma Maria Rossi de Figueiredo Franco, Coordenadora do Serviço de Ginecologia Oncológica do Instituto Mario Penna, o risco de desencadear esse câncer aumenta com o início precoce da atividade sexual, ter múltiplos parceiros e o tabagismo.
O Ministério da Saúde implementou no calendário vacinal, em 2014, a vacina tetravalente contra o HPV para meninas de 9 a 13 anos e meninos entre 11 e 14 anos. “A vacinação e a realização do exame preventivo (Papanicolau) se complementam como ações de prevenção desse tipo de câncer. Mesmo as mulheres vacinadas, quando alcançarem a idade preconizada (a partir dos 25 anos), deverão fazer o exame preventivo periodicamente, pois a vacina não protege contra todos os tipos oncogênicos do HPV”; reforça Dra.Telma.
A médica explica que o câncer do colo de útero é uma doença de desenvolvimento lento, que pode não apresentar sintomas em fase inicial. Nos casos mais avançados, pode evoluir para sangramento vaginal intermitente (que vai e volta) ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais.
O tratamento para cada caso deve ser avaliado e orientado por um médico. Entre os tratamentos para o câncer do colo de útero estão a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia. O tipo de tratamento dependerá do estágio da doença e de fatores pessoais de cada paciente.