O Instituto Mário Penna recebeu autorização do Comitê Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) para implementação do primeiro Biobanco de Tumores do Estado de Minas Gerais. É o único em um hospital filantrópico no estado que atende mais de 80% de seus pacientes através do SUS e que estará em funcionamento a partir do próximo ano.
Dra. Letícia Braga, Coordenadora do Laboratório de Pesquisa Translacional do Núcleo de Ensino e Pesquisa (NEP), será responsável pelas atividades no IMP. Ela explica que os Biobancos consistem em um sistema sofisticado e bem-organizado de armazenamento programado de material biológico (sangue, líquor, tecidos tumorais e normais) e dados correspondentes, que são acessíveis para investigação científica e para o tratamento do câncer.
“Para implementação, recebemos apoio financeiro através do Programa Nacional de Oncologia (PRONON). Em um primeiro momento, o Biobanco fornecerá amostras de tecidos tumorais e não-tumorais de mama e ovário, incluindo biomoléculas como DNA, RNA e proteína. Teremos a capacidade de armazenar os materiais biológicos das pacientes através de criopreservação (-80ºC e a -180ºC), além de um sistema próprio para armazenamento de todo histórico clínico-epidemiológicos das pacientes, que será integrado ao Sistema Nacional de Biobancos”; conta Dra. Letícia.
E qual o diferencial do Instituto Mário Penna ter um Biobanco?
No Biobanco, as amostras são armazenadas com qualidade permitindo estudos celulares, moleculares ou sistêmicos, utilizando diversos tipos de tecnologias, como Biópsia Líquida, sequenciamento e Citometria de Fluxo, bem como se tem acesso a dados clínicos das pacientes com a resposta ao tratamento, recorrência, prognóstico, entre outros.
“As amostras biológicas armazenadas no Biobanco ficarão disponíveis para pesquisadores da própria instituição ou para qualquer outra (nacional ou internacional) que queira estabelecer parcerias/colaborações para pesquisa e desenvolvimento. Com isso, o Instituto Mário Penna além do reconhecimento pelo cuidado com excelência dos pacientes oncológicos, passa a ser um dos principais atores na geração de conhecimento e produtos em oncologia no contexto do SUS”; ressalta Dra. Letícia.