O Núcleo de Ensino, Pesquisa e Inovação do Instituto Mário Penna traz novidades para o tratamento do câncer de cabeça e pescoço. Para o ano de 2024, a unidade iniciou um estudo clínico aberto para inclusão de participantes, que prevê a aplicação do medicamento por meio de uma técnica inovadora.
No protocolo de tratamento desta pesquisa, dois dos critérios adotados para garantir a segurança dos pacientes são o diagnóstico de Carcinoma de Células Escamosas e a ausência de metástases. A oncologista responsável por este estudo no Mário Penna é a Dra. Kenia Martins, que trabalhará ao lado do médico cirurgião da cabeça e pescoço Dr. Rafael Malheiros.
O câncer de cabeça e pescoço pode se desenvolver em várias regiões, como lábios, cavidade oral, faringe ou laringe. Na maior parte das vezes, seu aparecimento está associado ao uso de tabaco, álcool e a contaminação por papilomavírus humano (HPV). Em 2023, o ambulatório do Hospital Luxemburgo, único centro de pesquisa de Minas Gerais a conduzir o estudo, recebeu mais de 360 novos casos.
Como o estudo irá funcionar?
Primeiramente, o paciente será convidado a participar do estudo pela equipe médica. Após esclarecer as etapas do processo e com a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), os profissionais responsáveis realizarão a fase de triagem a partir de uma bateria de exames. Se o paciente estiver apto a entrar no estudo, o próximo passo é a randomização.
O que é a randomização?
A randomização é um sorteio para definir qual tratamento o paciente fará durante o estudo. Ela é essencial para garantir a veracidade dos dados obtidos e, consequentemente, auxiliar na apresentação dos resultados e comparações entre os diversos estudos clínicos. Para isso, os participantes serão divididos em 2 grupos, onde o Grupo A vai receber o novo tratamento e o Grupo B irá receber o tratamento que já existe. Ao final do estudo e do período de comparação, será possível identificar o tratamento que apresentou maiores benefícios para os pacientes.
O medicamento será administrado por meio de uma injeção, dentro do tumor e será ativado através da radioterapia. O objetivo é destruir as células cancerígenas de dentro para fora. Esta técnica de administração é inédita no hospital e, se for aprovada, poderá ser usada como tratamento padrão no futuro.
A expectativa do Núcleo de Ensino, Pesquisa e Inovação do Instituto Mário Penna é de que 12 participantes sejam incluídos no estudo até o final de 2024. Com isso, a unidade pretende se consolidar na validação de mais uma modalidade de tratamento oncológico no cenário de saúde brasileiro. Alemanha, China, Estados Unidos, França, Israel, Japão, Portugal e em mais 12 países são outros que também sediam estudos semelhantes.
Conhece algum paciente ou profissional da saúde que tenha interesse no estudo?
A equipe da Pesquisa Clínica do Instituto Mário Penna está disponível para passar todas as informações e esclarecer dúvidas.
Email: [email protected]
Telefone: (31)3299-9543
Conheça mais sobre o estudo em: https://clinicaltrials.gov/study/NCT04892173