O Laboratório de Pesquisa Translacional do Mário Penna realizou, durante a primeira semana de outubro, a coleta de amostras de sangue em mulheres de Belo Horizonte, a fim de avaliar, por meio da pesquisa, a detecção precoce do câncer de mama. A iniciativa é a parte prática de um estudo da equipe do Núcleo de Ensino, Pesquisa e Inovação, que conquistou o primeiro lugar no 23° Congresso Brasileiro de Cancerologia, que aconteceu em julho de 2023.
A ação aconteceu do dia 02/10 ao dia 06/10, integrando a campanha do “Outubro Rosa Mário Penna – Quem se importa, se envolve”. Em parceria com os alunos dos cursos de Biomedicina da UNA e da Faminas, os pesquisadores do Mário Penna convidaram mulheres que vieram até a instituição para realizar o exame de mamografia, que foi ofertado gratuitamente junto à prefeitura de Belo Horizonte, a doarem o sangue para realização do estudo.
Compreender os fatores de risco é crucial para possibilitar a prevenção da doença. A campanha anual do Outubro Rosa é uma lembrança oportuna para informar, educar e sensibilizar sobre a importância da detecção precoce e da necessidade contínua de avanços científicos na oncologia. Conquistas relevantes na pesquisa do câncer ao longo dos anos permitiram o desenvolvimento de métodos mais precisos de detecção, novos medicamentos e terapias promissoras para o cuidado da paciente com câncer de mama.
Segundo a Dra. Letícia Braga, gerente de Pesquisa Translacional, as iniciativas para a implementação do estudo na instituição começaram com a colaboração do Instituto Mário Penna junto ao Grupo Integrado de Pesquisas em Biomarcadores da FioCruz Minas, liderados pelo Dr. Olindo Assis Martins Filho e a Dra. Andréa Teixeira de Carvalho.
“Orientando o trabalho de doutorado da bióloga Thayse Batista, avaliamos microvesículas (MVs) liberadas pelas células tumorais e células do sistema imune, essas MVs são responsáveis pela comunicação celular e podem transportar diversos tipos de moléculas que modulam o ambiente para instalação de novos focos tumorais. Ao investigar MVs das pacientes com e sem câncer de mama presentes no sangue, descobrimos o número de MVs capaz de identificar os dois grupos de pacientes.” comentou Letícia.
A pesquisadora ainda explica que com os resultados obtidos, a campanha do Outubro Rosa foi uma oportunidade para avançar no desenvolvimento do teste de diagnóstico minimamente invasivo para a triagem das pacientes com câncer de mama.
Agora, depois de coletada as amostras de sangue, os pesquisadores irão validar o resultado da pesquisa e comparar a eficiência do método com a mamografia, como forma de rastrear e diagnosticar a doença precocemente. Foram 258 amostras coletadas, cujo intuito é criar um banco para dar continuidade aos testes.
Fonte: Letícia Braga – Gerente de Pesquisa Translacional do Mário Penna