Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa no Brasil até 2025, é de 704 mil novos casos de cânceres. Entre os tipos mais comuns, destacam-se os tumores de pele não melanoma, de mama, próstata, cólon e reto, respectivamente. O INCA destaca que para o controle do câncer no país, as estratégias mais amplas, como a conscientização de toda a população em relação aos fatores socioambientais, também são determinantes, além de estruturais, para uma boa assistência.
Cada tipo de câncer possui peculiaridades relacionadas ao seu desenvolvimento, entretanto algumas medidas podem ser adotadas como forma de prevenção dessas doenças, de forma geral. Substâncias tóxicas, por exemplo, são liberadas no corpo durante o ato de fumar e estão relacionadas com o câncer da cavidade oral, faringe, laringe, pulmões e esôfago. Já a bebidas alcoólicas de qualquer tipo, acompanhadas ou não ao uso de cigarros, também contribuem para o surgimento da doença.
Estudos da UICC destacam ainda que a amamentação pode prevenir o risco de câncer, devido ao fato de que durante a amamentação as taxas de alguns hormônios que contribuem para o surgimento da doença caem. Outra forma importante de prevenção é a vacinação contra o vírus HPV, responsável pelo câncer de colo uterino, bem como a vacinação contra o vírus da hepatite B, causador do câncer de fígado. No Brasil, ambas as vacinas são fornecidas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Outros hábitos de vida que também podem prevenir a doença, é manter uma alimentação baseada na ingestão de vegetais, evitar alimentos ultra processados, praticar atividades físicas de forma regular e manter o peso corporal adequado. Ademais, é importante evitar exposição ao sol sem protetor solar – principalmente no período das 10h às 16h -, tendo em vista que a exposição direta, prolongada e desprotegida é um importante fator de risco para o desenvolvimento de cânceres de pele.
No que diz respeito ao Instituto Mário Penna – Ensino, Pesquisa e Inovação, estudos são realizados sempre conectados com o entendimento de que esses diversos fatores podem impactar na evolução da doença e de que cada paciente é único. Esse conhecimento de diferentes perfis de pacientes fornece elementos norteadores para atuações que possam futuramente intervir para o desenvolvimento de uma medicina personalizada.
Autor: Ramon de Alencar Pereira | Pesquisador do Instituto Mário Penna – Ensino, Pesquisa e Inovação.
Fontes: Instituto Nacional de Câncer (INCA) | Union for International Cancer Control (UICC)