O Instituto Mário Penna foi amplamente reconhecido em todo o Brasil pelo seu trabalho de excelência em pesquisa. Nesta quinta-feira, dia 08/08, o Diretor Científico do Núcleo de Ensino, Pesquisa e Inovação e pesquisador da instituição, Dr. Paulo Guilherme Salles recebeu o XV Prêmio Octavio Frias de Oliveira, concedido pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Icesp e pelo Grupo Folha. Esta premiação, realizada anualmente desde 2010 na cidade de São Paulo, tem como objetivo estimular a pesquisa científica no campo da prevenção e combate ao câncer.
O Instituto Mário Penna conquistou o primeiro lugar na categoria Pesquisa em Oncologia, com um estudo sobre interações entre o sistema imunológico e câncer do colo do útero, além das implicações no tratamento. A pesquisa vencedora foi conduzida por pesquisadores do Instituto Mário Penna, do Center for Research in Immuno-oncology (CRIO) – sediado no Hospital Albert Einstein, e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
A pesquisa premiada investigou o perfil imunológico de 73 mulheres diagnosticadas com câncer do colo do útero, antes de iniciarem o tratamento com quimioterapia e radioterapia. Das participantes, 34 apresentaram uma resposta positiva ao tratamento. Nessas pacientes, foi observado um maior número de células de defesa, conhecidas como linfócitos infiltrantes de tumores (TILs), além de um perfil imunológico no sangue diferente das 39 mulheres que não responderam ao tratamento. Esses resultados indicam que tanto a quantidade e a localização dos TILs no tumor quanto o perfil imunológico sanguíneo podem ser importantes biomarcadores para prever a eficácia do tratamento contra o câncer cervical.
“As contribuições do nosso estudo visam reduzir os custos financeiros e emocionais das pacientes que enfrentam a expectativa de um tratamento que pode não ser eficaz. Com isso, ganhamos tempo, proporcionamos mais conforto e diminuímos despesas. Cada centavo economizado pode fazer diferença.” reforça Dr. Paulo Guilherme ao CRIO – Einstein.
A identificação precoce das mulheres com maior probabilidade de responder positivamente à quimioterapia e radioterapia pode aumentar a eficácia do tratamento e evitar terapias desnecessárias, oferecendo uma nova esperança para quem enfrenta a doença.