No mês da “Ciência e do Pesquisador Científico” a nova unidade do Instituto Mário Penna celebra prêmio de melhor trabalho na “American Association Cancer Society “
O “Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico” é celebrado em oito de julho, no Brasil. O objetivo da comemoração é despertar o gosto dos jovens pela ciência e divulgar a relevância do saber científico para a sociedade. Neste ano, o Instituto Mário Penna celebra duplamente a data, ao promover um mês de conhecimento em sua plataforma de ensino à distância, e ainda, ao receber uma menção honrosa para uma das pesquisas desenvolvidas no Laboratório de Pesquisa Translacional da nova unidade de “Ensino, Pesquisa e Inovação”.
Em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Genética, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), o Instituto Mário Penna – Ensino Pesquisa e Inovação (IEPI Mário Penna) participará de um congresso da American Association for Clinical Chemistry, este ano de forma híbrida (on-line e presencial) nos dias 24 a 28 de julho de 2022, onde será contemplado com uma grande honraria da conferência. O trabalho “Análise de genes de transporte de membrana como ferramentas prognóstica e preditora de resposta à quimioradioterapia em pacientes com câncer do colo do útero” (Analysis of membrane transport genes as prognostic tools and predictors of response to chemoradiation therapy in patients with cervical câncer) foi considerado a terceira melhor produção científica deste ano, pela associação americana.
O estudo desenvolvido dedicou-se à identificar a resistência ao tratamento quimioterápico em pacientes com “Câncer Cervical”, mais conhecido como “Câncer de Colo do Útero”. Os resultados ainda que preliminares trazem um panorama dos grupos de genes mais promissores para identificação da resposta à quimio e radioterapia. A pesquisa busca um potencial instrumento de avaliação do prognóstico para as pacientes com Câncer, ou seja, para uma tomada de decisão mais precisa dos profissionais e uma terapêutica mais eficaz ao paciente.
A iniciativa visa promover a transformação da pesquisa básica laboratorial para as intervenções clínicas realizadas à beira do leito. É por meio de ferramentas fundamentadas em ciências de dados e em um conjunto de informações clínicas, como, por exemplo, o histórico médico dos pacientes e os dados coletados de exames laboratoriais, que esses recortes da pesquisa foram transformados em parâmetros que atuam em prol de uma melhor assistência em saúde, no campo da oncologia. Para Wander de Jesus Jeremias, pesquisador do laboratório de Farmacologia Experimental da Escola de Farmácia da UFOP, o projeto tem potencial para contribuir para decisões mais assertivas em casos da necessidade de tratamento. “Os resultados conduzem o grupo de pesquisadores a desenvolverem uma ferramenta de base tecnológica que será capaz de prever, com precisão, se a doença de uma paciente é tratável com a quimio e radioterapia (padrões preconizados no Sistema Único de Saúde – SUS) ou se deverá ser aplicado um tratamento diferente, com resultados mais personalizados”.
O Instituto Mário Penna se coloca como protagonista do desenvolvimento científico, neste estudo, pois além do recrutamento das pacientes ter acontecido na unidade “Hospital Luxemburgo”, todas os ensaios experimentais, desde à extração das amostras até o sequenciamento genético, foram realizados nos laboratórios e pelos pesquisadores da instituição. As demais instituições parceiras participaram da fase de análise dos dados. Para Letícia Braga, Gerente da Pesquisa Translacional em Oncologia, do Instituto Mário Penna – Ensino, Pesquisa e Inovação, o prêmio representa o reconhecimento de membros da comunidade científica sobre a relevância do tema investigado. “Esta honraria é de suma importância para validar a pesquisa desenvolvida de maneira colaborativa pelo Instituto, em uma perspectiva de geração de conhecimento e de inovação em oncologia”.
O avanço e a aproximação da pesquisa acadêmica com as práticas clínicas trazem significativas melhoras para a saúde do paciente. É por meio da ciência e da pesquisa que soluções e aprimoramentos na assistência em saúde oncológica chegam até à população. Esse planejamento e desenvolvimento de produtos aplicáveis são desenvolvidos pelos pesquisadores que, visando a promoção da saúde, oferecem novas soluções em favor da humanidade. Para Márcio Sanches, Diretor do IEPI Mário Penna, a premiação é um marco histórico por se tratar de um cenário mundial de produção científica. O diretor enfatiza que as descobertas fazem com que a nova unidade invista ainda mais em pessoas, em tecnologia, em inovação, bem como em atrair parcerias estratégicas que conduzam ao conhecimento global em saúde. “Parabenizo, não somente os pesquisadores que fizeram seu trabalho de forma brilhante, mas a todos que contribuíram, como um time, para que esse reconhecimento pudesse acontecer da melhor maneira possível e dentro do mais alto nível de produção científica”.
Os autores deste trabalho são: Natália Gregório Custódio, Ângelo Borges de Melo Neto, Tamires Alves Caixeta, Álvaro Percínio Costa, Matheus de Souza Gomes, Laurence Rodrigues do Amaral, Paulo Guilherme O. Salles, Letícia da Conceição Braga, Fábio Ribeiro Queiroz, Vasco Ariston de Carvalho Azevedo e Wander de Jesus Jeremias. Após a conclusão das últimas análises, o estudo será publicado na revista científica internacional do congresso “2022 AACC ANNUAL SCIENTIFIC MEETING AND CLINICAL LAB EXPO”. Em breve, no site do encontro científico em: https://meeting.aacc.org/register/pricing
– SAIBA MAIS:
Sinônimo de assistência aos pacientes com câncer em Minas Geras há 51 anos, o Instituto Mário Penna consolidou-se como uma das mais relevantes instituições no Brasil a atuar no diagnóstico, tratamento e suporte ao paciente oncológico. Em 2014, foi inaugurado o Núcleo de Ensino e Pesquisa, o atual Instituto Mário Penna – Ensino, Pesquisa e Inovação (IEPI Mário Penna), que é responsável pela condução de inúmeros protocolos de pesquisa e pelo desenvolvimento de importantes projetos genéticos que resultam em respostas imunológicas do corpo humano. A nova unidade promove ações intersetoriais do corpo clínico, composto por médicos, pesquisadores mestres e doutores, biotecnologistas, biomédicos, farmacêuticos, engenheiros químicos, biólogos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, além de residentes médicos e estagiários dessas diversas áreas. O “Ensino, Pesquisa e Inovação” conta ainda com o apoio de grandes instituições e indústrias ligadas à área da saúde, que viabilizam um conjunto de atividades e iniciativas pautadas na qualificação multidisciplinar dos profissionais, dentre elas a BiotechTown, a Fundação Educacional Lucas Machado (FELUMA) e a Organização Nacional de Centros de Oncologia e Hematologia (ONCOH).
Conheça as atuais linhas de ação do IEPI Mário Penna:
1. ENSINO:
No que tange ao ensino, destaca-se um novo modelo de ecossistema em saúde implementado na Instituição que visa a Integração do corpo clínico e multidisciplinar, a fim de divulgar a produção científica, por meio de uma exclusiva plataforma de ensino, cursos, seminários e palestras.
2. PESQUISA CLÍNICA:
Por meio da pesquisa clínica é possível prevenir, detectar, controlar e tratar doenças. Refere-se à descoberta de detalhes fundamentais da biologia dos tumores. Na pesquisa clínica os médicos dirigem estudos patrocinados, de alta complexidade nas áreas de oncologia, hematologia e terapia intensiva com a Covid-19.
3. PESQUISA TRANSLACIONAL:
Pesquisa que possibilita a geração de produtos inovadores que impactam positivamente a qualidade de vida dos pacientes oncológicos. Na pesquisa translacional, os mais de 15 profissionais desenvolvem estudos inovadores que impactam a jornada do paciente oncológico – desde a prevenção, à criação de medicamentos.
4. INOVAÇÃO: Uma medicina personalizada desde a prevenção ao tratamento. Desenvolvimento de pesquisas utilizando tecnologias inovadoras.
– FOTOGRAFIAS EM: https://bit.ly/FotosDiaDaCiencia https://we.tl/t-PmFsEHvkhm