A disfagia, caracterizada pela dificuldade de engolir, é uma condição comum em pacientes oncológicos, sendo uma das complicações frequentes durante a doença. Com cerca de 80% do atendimento voltado ao tratamento do câncer, o Instituto Mário Penna chama atenção para a data do Dia de Atenção à Disfagia, comemorada no dia 20 de março, e oferece um atendimento integral para amenizar as consequências dessa condição.
Engasgos e tosse durante as refeições, sensação de alimento parado na garganta, dor ao engolir, mudanças na voz ou pigarro persistente após a alimentação, são alguns dos principais sintomas da disfagia. Ela pode estar relacionada aos tumores de cabeça e pescoço ou aos efeitos colaterais de tratamentos como cirurgias, radioterapia e quimioterapia. Além de afetar a qualidade de vida do paciente, também pode levar a complicações graves, como desidratação, desnutrição e até óbito. Portanto, uma abordagem multidisciplinar envolvendo diferentes especialidades médicas é crucial para o tratamento adequado dessa condição, sendo a atuação do fonoaudiólogo essencial nesse processo.
No Mário Penna, a equipe de Fonoaudiologia realiza uma avaliação clínica detalhada da musculatura orofacial e da deglutição para identificar o tipo e a gravidade da disfagia, bem como os fatores de risco associados. Em alguns casos, podem ser solicitados os exames de imagem complementar, como o videodeglutograma.
Com base na avaliação, o fonoaudiólogo elabora um plano de tratamento personalizado, que pode incluir exercícios para reabilitação da musculatura envolvida, técnicas que facilitam o processo de deglutição e adequações de consistência dos alimentos para garantir uma alimentação segura e efetiva.
“No Instituto Mário Penna, a fonoaudiologia atua em todos os níveis da assistência. No Pronto Atendimento, a equipe atende casos que demandam intervenção mais pontual focada na determinação de condições, consistência alimentar segura ao paciente ou indicação de via alternativa de alimentação, como por exemplo, o uso de sondas. No CTI e enfermarias, a atuação se baseia na identificação do momento adequado para suspensão ou reintrodução da dieta por via oral, sempre orientando e capacitando pacientes e acompanhantes para um processo alimentar seguro e efetivo. Nos ambulatórios, as fonoaudiólogas garantem a continuidade da reabilitação iniciada durante a internação, bem como a perpetuação das práticas que possibilitam uma alimentação com segurança, prevenindo a ocorrência de agravamentos no quadro do paciente”, explica Raquel Fabiane, Fonoaudióloga do Mário Penna.
A equipe de Fonoaudiologia do Mário Penna é composta por duas profissionais e duas acadêmicas que realizam cerca de 460 atendimentos mensais.