Sabe aquela “bolsinha” ligada à barriga que muitas pessoas usam? Pois é! Ela é chamada de Estoma, um recurso cirúrgico em algum órgão do abdome que serve para construir um novo trajeto para a saída de secreções, como fezes e urina. As duas utilizações mais comuns são para proteger e cicatrizar o local que passou por uma cirurgia ou para gerar uma desobstrução do órgão. Ela é conhecida por vários nomes a depender do local em que ela se origina, como colostomia, no cólon, ou a cistostomia, na bexiga.
O dia 16 de novembro é marcado pelo Dia Nacional dos Estomizados, uma data muito importante para quebrar tabus e lembrar a luta de quem precisa da estomia para viver melhor. Por isso, o Mário Penna preparou dois dias de programação especial. O auditório da instituição receberá palestras para os colaboradores, em parceria com a Coloplast, Convatec e Hollister para enfatizar a forma ideal de manejo das estomias.
Confira a programação:
16 e 17 de novembro no Auditório Engenheiro José Ângelo Nogueira
13h30 – CONVATEC: Adaptação pós-operatória de pessoas com estomias, abrangendo a alta hospitalar responsável – Simone Alves (enfermeira)
15h – HOLLISTER: Saúde da pele, ajuste e formulação e recorte correto – Bárbara Paio (enfermeira)
15h30 – COLOPLAST: Indicação e aplicabilidade de adjuvantes na prevenção e no tratamento de complicações periestomais – Jhon Bragança
O Dr. Luiz Fernando Baumgratz, Cirurgião Geral e Oncológico do Instituto Mário Penna, explica que o estoma pode ser aplicado de forma temporária ou permanente. “Durante o tratamento oncológico, a estomia é bastante utilizada nos tumores do trato intestinal. Na grande maioria das vezes, nós realizamos o procedimento de maneira provisória, para ser revertido após o período determinado. Entretanto, em outros casos, não há possibilidade de fechamento, e o paciente permanece com ela para o resto da vida”.
Ao receber a indicação de estomia, muitos pacientes criam inseguranças acerca da doença e até mesmo sobre os hábitos do dia a dia. Em primeiro lugar, Dr. Luiz Fernando esclarece que a estomia não é sinônimo de uma doença em estado avançado. Além disso, as tecnologias atuais e os avanços da medicina asseguram qualidade de vida e conforto ao estomizado. “Muitas pessoas acham que a bolsa vai vazar, que gera mau cheiro, e que atividades do dia a dia serão impactadas. Essa não é a realidade. Com o cuidado local e higienização adequada, o paciente tem vida praticamente normal. Por exemplo, estomizados podem fazer atividades aquáticas e usar as mesmas roupas que estavam acostumados”.
Para prestar todo acolhimento e assistência aos pacientes que usam a estomia, o Instituto Mário Penna conta com profissionais especialistas, através da Comissão de Curativos Efetiva, para prevenir e tratar lesões e estomias. Ana Karine, Enfermeira Estomaterapeuta, atende diariamente os estomizados que tem o estoma confeccionado na instituição e os orienta quanto aos cuidados, higienização, funcionamento e atividades diárias após a estomia.