O carnaval já passou, mas os gestos de solidariedade continuam chegando até os pacientes oncológicos do Mário Penna. Nesta sexta-feira, 22/03, a instituição recebeu, por meio do Téo Garzon, organizador e fundador do bloco Na Contramão, a doação de 486 litros de leite. A ação acontece há treze anos e reforça a importância de fazer o bem.
O mês de fevereiro foi de muita folia, mas também foi tempo de chamar as pessoas para a solidariedade. O tradicional Bloco “Na Contramão”, que desfila na cidade de Nova Lima, mais uma vez contribuiu com os pacientes do Mário Penna. Para ter direito ao abadá, o folião precisava doar um litro de leite. Toda a arrecadação foi destinada para a instituição.
Para Marco Viana Leite, presidente do Mário Penna, a doação faz toda a diferença para o trabalho desenvolvido. “Nós só temos a agradecer a iniciativa. O Mário Penna atende cerca de 1.000 pessoas todos os dias e essa ajuda é fundamental. A gente mostrar para as pessoas que isso, de fato, chega, é muito importante e faz toda a diferença na continuidade do nosso trabalho” afirma.
Téo Garzon, parceiro de longa data do Mário Penna, afirma que é sempre muito gratificante contribuir com os mais de 271.907 pacientes do Mário Penna. “É o 13º ano que a gente faz esse trabalho. A gente sabe que esse leite é bem bem utilizado porque o Instituto Mário Penna é muito sério. Para nós, é uma alegria contribuir e, de alguma forma, incentivar mais pessoas a fazerem o mesmo “, reforça o fundador do bloco.
Os leites foram contabilizados pelo Serviço de Nutrição Dietética do Hospital Luxemburgo e incorporados para consumo dos pacientes oncológicos da instituição.
Sobre o bloco
Criado em 2011 com o objetivo de ir na contramão das drogas, do preconceito e da violência, a cada desfile o bloco tem atraído pessoas de todas idades e classes sociais. Téo Garzon conta que a ideia da criação do bloco surgiu de um grupo de amigos que, em outubro de 2010, se perguntou por que todos os blocos da cidade desciam as ruas em direção à praça Bernardino de Lima, no centro. Como não obtiveram respostas, os jovens resolveram criar o “Na Contramão”, que passaria a subir as ladeiras de Nova Lima, sempre no sentido contrário.
Como o bloco era diferente de todos, resolveram inovar mais. Foi então que surgiu a ideia de unir a diversão e a solidariedade. Desde o primeiro ano, os abadás foram trocados por 2 kg de alimentos e um litro de leite, tornando-se um bloco social.