Na última quinta-feira, dia 2, morreu a jornalista Glória Maria, aos 73 anos. A comunicadora, que participou de programas da TV Globo, como Fantástico e Globo Repórter com reportagens marcantes, faleceu em decorrência de um câncer que se espalhou pelo corpo.
Segundo informações do G1, no ano de 2019, Glória foi diagnosticada com um câncer de pulmão, que foi tratado com êxito através da imunoterapia. Logo após, a jornalista descobriu metástases no cérebro, que, através da cirurgia, também geraram resultados positivos. Entretanto, em 2022, Glória Maria iniciou outro tratamento para combater novas células cerebrais metastáticas, mas que, nas últimas semanas, parou de fazer efeito, ocasionando o falecimento da comunicadora.
Metástase é a disseminação do tumor pela corrente sanguínea ou pela circulação linfática para outros órgãos a distância do local inicial. De acordo com o Dr. Ellias Lima, médico oncologista do Instituto Mário Penna, quando há metástases, a chance de cura é improvável. “A disseminação do câncer é um sinal de que a doença é sistêmica, ou seja, acomete várias partes do corpo. Na maioria das vezes, esses tumores são incuráveis. Se torna um caso muito mais complexo. Existem tratamentos que controlam essa condição, mas geralmente, a metástase leva a uma impossibilidade de cura”.
Dr. Ellias explica também que há uma variedade de tratamentos capazes de gerar respostas positivas para o controle da metástase. “Tudo depende se o paciente tem condições clínicas para receber o tratamento. Se não for mais possível realizá-lo, optamos pelos Cuidados Paliativos. Mas, sendo uma opção, ele é feito de forma sistêmica, para que todas as células possam ser atingidas. Após isso, a equipe médica avalia a resposta do corpo. Se está fazendo efeito, mantemos o tratamento, mas caso haja progressão da doença, procuramos outra forma de tratar”.
No caso do câncer de pulmão de Glória Maria, existem chances maiores de desenvolvimento de metástases cerebrais. “Em geral, as células cancerígenas possuem uma predileção ao sistema nervoso central, ou seja, a uma parte que envolve o cérebro. Por isso, existem muitos pacientes que inicialmente são diagnosticados com câncer de pulmão, mas que posteriormente, descobrem as metástases cerebrais”, diz Dr. Ellias.
Mesmo com as dificuldades do tratamento, Glória Maria passou por todo esse processo com otimismo e confiança. Em dezembro de 2021, ela demonstrou gratidão em suas redes sociais. “Esses últimos 2 anos desafiantes para todos nós, para mim tem sido especialmente inacreditáveis! Venho tentando aprender a arte de viver sem ter medo do medo! Me transformei numa FÊNIX! Venho renascendo a cada dia.”. Além disso, a jornalista se mostrou muito grata aos médicos que a acompanharam durante o tratamento. “E o mais profundo agradecimento aos meus médicos amados que me chamam de ET pela recuperação total tão rápida e extraordinária!”.