Atividades de Pesquisa Translacional do NEP são apoiadas pelo Pronon

Você sabe o que é Pronon? É o Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica. Ele tem a finalidade de captar e canalizar recursos para a prevenção e o combate ao câncer, englobando a promoção da informação, a pesquisa, o rastreamento, o diagnóstico, o tratamento, os cuidados paliativos e a reabilitação referentes às neoplasias malignas e afecções correlatas. O Núcleo de Ensino e Pesquisas (NEP) vem submetendo, anualmente, projetos de pesquisa ao Ministério da Saúde através do Pronon, e realizando o desenvolvimento da pesquisa em oncologia aqui no Instituto Mário Penna.

Segundo Dra. Letícia Braga, Coordenadora do Laboratório de Pesquisa Translacional, os projetos integram diferentes plataformas de avaliação, que incluem a análise do perfil imunológico das pacientes, tanto no local da lesão quanto no sangue (perfil sistêmico) e sequenciamento de DNA pelo método de sequenciamento de nova geração (Next Generation Sequencing-NGS). “O objetivo dessas pesquisas é desenvolver painéis de biomarcadores para câncer de colo uterino, ovário e mama, como estratégia para a prevenção e controle do câncer”; explica.

Para o desenvolvimento do projeto, durante os meses de janeiro a dezembro de 2020, 164 mulheres com câncer de colo uterino, 102 com câncer de ovário e 99 com câncer de mama, atendidas no ambulatório de Ginecologia Oncológica e Mastologia, aceitaram, voluntariamente, participar das pesquisas do NEP. “A participação de cada uma dessas mulheres é muito importante para que os resultados obtidos possam gerar conhecimento do perfil genético e imunológico dos tumores e permitir intervenções terapêuticas mais efetivas, contribuindo para a redução da mortalidade e morbidade das mulheres com câncer”; ressalta Dra. Letícia.

NEP: O que é pesquisa clínica e qual sua importância?

A pesquisa clínica tem sido um grande tema discutido desde o início da pandemia. Mas, afinal, o que é essa pesquisa que tanto falam a respeito com a chegada de novas vacinas?

Pesquisa clínica é qualquer investigação feita para testar algum novo tratamento nas pessoas para alguma determinada doença. Para promover a melhoria da saúde e salvar a vida dos pacientes é necessário descobrir novos remédios, equipamentos e/ou procedimentos médicos.

Todo medicamento (remédio) que temos dentro de nossa casa ou que usamos porque um médico nos deu devido alguma necessidade de saúde, passaram por várias etapas da pesquisa clínica, desde as realizadas dentro dos laboratórios, pesquisas com animais até chegarem para estudos em seres humanos e assim, finalmente, serem aprovadas para uso na população. O grande objetivo de realizar pesquisas com os seres humanos é garantir que aquele produto que está sendo testado é realmente capaz de fornecer alguma melhoria da doença e se é seguro para os pacientes.

Os pacientes que desejam participar de um estudo clínico devem ser devidamente informados sobre a pesquisa a ser realizada e fornecer a autorização para participação de forma livre e voluntária, podendo também se retirar da pesquisa a qualquer momento, sem prejuízo no acompanhamento de sua doença. O paciente, ao participar, se torna um “participante de pesquisa” e todas as informações utilizadas a respeito dele são confidenciais.

A pesquisa clínica pode ser chamada também de estudos clínicos e é dividida em 4 fases:

Fase 1: estudos realizados em número pequeno de indivíduos saudáveis para verificar dados sobre a segurança do tratamento e como o medicamento circula pelo organismo do ser humano quando a dose é administrada.

Fase 2: avalia se o tratamento é eficiente em um número maior de indivíduos doentes, observando os possíveis efeitos colaterais do medicamento e definir a dose recomendada para o tratamento alcançar a melhoria da doença.

Fase 3: estudar os riscos e benefícios do tratamento, muitas vezes comparando com algum outro medicamento de referência ou em alguns casos, utilizando placebo em centenas ou milhares de participantes portadores da doença.

Fase 4: essa fase é conhecida como pesquisa pós-comercialização e inicia-se após aprovação da agência reguladora para comercializar o medicamento. Monitora-se os efeitos e reações inesperadas do medicamento. Esse processo é chamado de farmacovigilância.

É importante destacar que existem várias regras para realizar as pesquisas no mundo e no Brasil, que devem ser seguidas pelos pesquisadores e toda sua equipe.

Desde 2016, a equipe de pesquisa clínica composta principalmente por médicos, enfermeiros e farmacêuticos do Instituto Mário Penna realizam diversos estudos clínicos, com ética e qualidade, de novos tratamentos contra o câncer. Foram realizados estudos clínicos para tratar câncer de pulmão, rim, bexiga e próstata, onde muitos pacientes foram convidados a participar e apresentaram benefícios ao utilizar os tratamentos oferecidos. Além de receber o tratamento, os participantes de pesquisa foram acompanhados pela equipe de pesquisa, realizando diversos exames e consultas com o médico, durante o período indicado pelo estudo. Atualmente, o Instituto Mário Penna está participando também de estudos clínicos para descobrir tratamentos para a Covid-19 em pacientes internados em nossos hospitais.

“A pesquisa clínica é importante pois através dela é possível fornecer outras opções de tratamento para os pacientes do IMP. Além disso, devido grande exigência dos estudos clínicos, os pacientes são acompanhados bem de perto pela equipe de pesquisa clínica durante todo o tratamento fornecido. Outro ponto importante, é permitir aos profissionais de saúde envolvidos do IMP, o acesso mais rápido do conhecimento de novas tecnologias (tratamentos e procedimentos médicos) que estão sendo utilizadas no mundo, tornando a equipe cada vez mais qualificada para o acompanhamento dos pacientes”; explica a enfermeira Natália Brazil.

No nosso site você pode encontrar os estudos clínicos que estão acontecendo no IMP e abertos para recrutamento de pacientes. Fiquem atentos às nossas redes sociais para saber mais sobre a pesquisa clínica do Instituto Mário Penna.

*Texto escrito pela Enfermeira Natália Brazil

Pesquisa do NEP desvenda os retratos genéticos e imunológicos do câncer de colo do útero

As pesquisas do NEP têm buscado traduzir a linguagem genética dos cânceres em melhores tratamentos para os pacientes. Os cânceres que afetam as mulheres são especialmente importantes para o grupo, e o câncer de colo do útero tem sido um dos mais estudados. Um dos motivos é o fato deste tipo de malignidade ser o terceiro câncer mais frequente nas mulheres brasileiras, uma realidade que pode ser mudada com ações de prevenção, como exames regulares de Papanicolau e vacinação contra o vírus HPV.

Para planejar ações médicas mais efetivas contra este câncer, os pesquisadores do NEP identificaram características genéticas e imunológicas únicas dos tumores, antes mesmo do tratamento ser realizado. Essas “leituras” das informações genéticas podem nos dizer quais pacientes terão sucesso ao fim do tratamento, auxiliando os médicos em decisões eficientes e personalizadas para cada paciente.

Uma parte dos resultados foi publicada em uma importante revista e apresentada em um congresso internacional voltado para as inovações científicas sobre o câncer, o SBOC-AACR Joint Conference: A Translational Approach to Clinical Oncology. Outra parte será divulgada em breve em duas renomadas revistas em Oncologia.

“Nossos novos resultados vão além: conseguimos descobrir informações genéticas que podem nos dizer qual tumor tem grandes chances de responder ao tratamento, aumentando as possibilidades de cura das pacientes com câncer de colo do útero. Isso só foi possível devido à participação voluntária das pacientes nessa pesquisa, à atuação dos colaboradores da instituição, e uma estrutura de pesquisa notável. Nosso compromisso é levar para as pessoas os resultados do nosso trabalho, ajudando-as na trajetória de combate ao câncer”; explica a Dra. Luciana Zuccherato, Pesquisadora do Laboratório de Pesquisa Translacional do NEP.

NEP: Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência

No dia 11 de fevereiro, o mundo inteiro comemorou o Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência. Este dia foi estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU), há seis anos, e tem como objetivo de celebrar os feitos de mulheres na área e encorajar gerações mais novas a buscarem a carreira científica.

O Relatório de Ciências da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, e Unesco, publicado em alusão à data, aponta disparidades maiores em áreas altamente qualificadas, como inteligência artificial, onde apenas 22% dos profissionais são mulheres.

Por outro lado, segundo o mesmo relatório, em outras áreas de pesquisa, como em ciências da vida e saúde, as mulheres representam 60% do número de pesquisadores. Contra a Covid-19, elas, representaram 70% de todos os profissionais de saúde que lideram a resposta à pandemia. Contudo, ainda há um longo caminho a percorrer para a igualdade de gênero.

No Núcleo de Ensino e Pesquisa do Instituto Mário Penna, elas são maioria absoluta. Entre pesquisadores doutores e alunos de iniciação cientifica, elas representam 81%. Com seu jeito intuitivo, dedicado, inteligente e cheio de charme, elas veem fazendo ciência e contribuindo para melhorar a qualidade de vida dos pacientes oncológicos.

NEP: Entenda a técnica imuno-histoquímica e como ela pode ajudar no tratamento do câncer

Os pesquisadores e médicos do Núcleo de Ensino e Pesquisa (NEP) do Instituto Mário Penna vem trabalhando com diferentes técnicas para o estudo do câncer e uma delas é a imuno-histoquímica, muito utilizada na prática médica para o diagnóstico de doenças. No caso do câncer, ela permite distinguir os diferentes tipos de tumores, graus de malignidade, entre outros aspectos.

Segundo a Dra. Tálita Polyanna Moreira dos Santos, cientista de pós-doutoramento do NEP, a imuno-histoquímica é um método laboratorial que utiliza anticorpos para verificar a presença de determinados antígenos em amostra de tecido. “O que essa técnica faz é ‘colorir’ o câncer com uma marcação específica. Através disso, pode-se afirmar se, por exemplo, uma determinada proteína importante para definir o diagnóstico de câncer está presente ou não naquela amostra. A partir disso, fica mais fácil diagnosticar a doença”; explica.

O grupo de pesquisa do NEP usou essa técnica para analisar as características imunológicas das pacientes com câncer de colo uterino que podem fazer com que cada uma responda de maneira diferente ao tratamento. Isso é importante porque possibilita que os médicos possam escolher tratamentos mais personalizados e individualizados e, assim, aumentar a taxa de sucesso do tratamento.

Este estudo foi publicado na revista científica Experimental and Molecular Pathology. Para conhecer esta publicação, clique aqui.

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